30 de dezembro de 2008

Nas aulas de Estudo Acompanhado fala-se de História


Nas aulas de Estudo Acompanhado fala-se de História, das nossas origens...
Um grupo de alunos da turma C do 7º Ano, escreveu sobre nós há milhares de anos atrás...

Começar de Novo

Em tempos antigos, uma comunidade de Homo-erectus decide praticar o nomadismo, com as suas famílias.
Enquanto procuravam outro sítio para se alojarem, foram atacados por uma manada de mamutes. Foi devastador, quase toda a comunidade morreu, apenas um jovem casal conseguiu escapar à morte.
Estes dois seres, assim que viram a família e amigos mortos, decidiram começar tudo de novo.
Primeiro, encontraram um local seguro de animais perigosos e abrigados do frio.
Depois, decidiram que, enquanto o homem ia à caça, a mulher entretinha-se a cultivar e cozinhar pois já tinham inventado o fogo e a fala.
Durante a noite, sem ter nada para fazer, falavam e desenhavam pinturas rupestres para o homem ter sorte na caça. Também inventaram histórias de aventuras já passadas em tempos anteriores.
Enquanto a mulher cultivava, encontrou um pequeno animal perdido, decidiu adoptá-lo como seu filho.
Passados alguns anos, o casal reproduziu-se e formou uma família juntamente com o animal que, entretanto, tinha crescido e iria ajudar o homem a caçar.
Assim, conseguiram ultrapassar a morte dos seus pais e amigos.

História realizada pelos alunos:
Carolina Gomes nº6,Frederico Mestre nº10,Miguel Rodrigues nº18,Ophélie Forte nº21 e Vânia Figueiredo nº26.

Uma fábula, uma lição de vida...


A turma C do 7º Ano, divertiu-se à brava com a tradição popular e, todos juntos, criou esta fábula que, como sabem, traz-nos sempre um ensinamento, uma lição de vida... Que vos sirva, agora que é Natal, para nunca se esquecerem que o Natal é todos os dias!!!

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No tempo em que os animais falavam, deu-se um acontecimento cruel que marcaria, para todo o sempre, toda a humanidade.
Era um Inverno rigorosíssimo e na Pangeia viviam-se dias difíceis. Um pinguim e um urso lutavam, desesperadamente, pela sua sobrevivência. Enregelados avistaram uma gruta. Aproximaram-se, apercebendo-se que havia uma gruta para dois:
- Esta gruta é minha! – afirmou o urso-polar.
O pinguim ripostou:
- Só por seres maior e mais forte do que eu, não penses que vais ficar com a gruta!
Ditas estas palavras, os dois animais passaram à acção, gladiando-se pela gruta que, a partir daí, passou a ser conhecida como a Gruta da Discórdia.
Entretanto, enquanto os dois lutavam pela Gruta passou o Abominável Homem das Neves que se apoderou da gruta, alojando-se.
Nisto, o pinguim e o urso-polar aperceberam-se do terrível erro que tinham cometido: a ganância tinha-os cegado. A gruta era suficiente para os dois, mas o egoísmo e a ambição tinha-os feito perder tudo.
Mas, nem tudo se perdeu … Ganharam algo muito importante: aprender a partilhar, e juntos foram em busca de uma nova gruta.

Infelizmente, ainda existem pessoas que não aprenderam esta grande lição…

7ºC

26 de dezembro de 2008

Carta do Principezinho para a sua Rosa

Planeta Terra, 1946


Querida Flor,

Desculpa ter partido de repente e não ter dito mais nada. Confesso que fiquei muito aborrecido por sentir que me mentiste, não gosto nada de mentiras! Desde que parti com a minha melancolia, tenho viajado de asteróide em asteróide, com o objectivo de fazer amigos.
Tenho conhecido muitos humanos, mas alguns são “loucos”, muito estranhos na maneira como vivem e encaram a vida. Mas hoje conheci alguém que me fez compreender o verdadeiro significado da vida, a minha amiga Raposa. Ela explicou-me o que é “ficar preso” a alguma coisa, ou seja, criar laços de afecto e contou-me um segredo: “Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível para os olhos”.
Foi neste momento que percebi que tu és única e especial para mim. Chorei de saudade e arrependi-me de ter fugido de ti. Cativaste-me e eu não entendi. Também percebi que a tua vaidade era uma forma de queres estar bem contigo própria para poderes estar bem com os outros, comigo. Sabes? Naquela altura eu não sabia amar, não era capaz de entender a linguagem do coração e de perceber os segredos da alma. Hoje eu sei que tu perfumavas os meus dias, eras luz, ternura mágica que me embalava por dentro. Percebi que a beleza também tem espinhos, nada é perfeito e que não devemos avaliar ninguém pelas suas palavras, mas pelos seus actos. O essencial não se vê, sente-se no coração.
Foi preciso a distância para perceber como é importante este sentimento que nos une, apesar das diferenças que nos caracterizam. Hoje sofro por não estares aqui comigo, por não poder cuidar de ti… rego-te com as minhas lágrimas de saudade e envolvo-te carinhosamente na redoma do meu amor. Vejo-te no horizonte e envio-te em pensamento beijos de borboletas. Já as viste? Já as sentiste? Voaste nas suas cores? Pensa em mim, minha Flor, eu sou como voo que te contempla e acarinha.
Poderia arrepender-me de ter partido assim tão bruscamente de ti, mas sei que era necessária esta distância para eu crescer interiormente e compreender este segredo que morava em mim e eu não sabia.
Não vejo a hora de te ver outra vez e contar-te todas as aventuras que vivi nas minhas viagens por este universo.

Beijos do teu Principezinho que te adora!

P.S. Adoro-te como és!

Sara Beatriz Ribeiro Costa, 9ºB

A ovelha cativada

O Principezinho tinha finalmente chegado ao seu planeta. Trazia consigo uma velha caixa; nela transportava uma ovelha, mas o seu coração batia forte, sofrendo devido à saudade que sentia da sua amiga flor. Sim, agora já sabia, a flor era muito importante para si, ele sentia a sua falta, afinal sentia uma grande amizade por ela.
Correu até à sua flor e com jeito e carinho deu-lhe um grande beijo. Ambos ficaram corados, seria vergonha ou felicidade?
Durante horas, o principezinho contou-lhe as suas aventuras, principalmente o seu encontro com a raposa, o significado de cativar e o momento em que percebeu o quanto ela era importante para si.
Mostrou-lhe com alegria a ovelha que trazia na caixa, dizendo-lhe que ela iria ser muito útil, pois iria comer os rebentos dos embondeiros para que o planeta ficasse limpo e eles pudessem passar mais tempo juntos.
Transportava consigo também um açaimo para que não existisse perigo da ovelha a comer, enquanto ele dormia. Tudo parecia maravilhoso, mas a sua alegria desapareceu, o açaimo não tinha correia e a sua amiga flor estava em perigo…
A partir desse dia a ovelha passava o tempo dentro da velha caixa, só saindo sob o olhar atento do principezinho, para comer os malditos rebentos dos embondeiros. Esta situação não agradava a ninguém. Assim, o principezinho e a flor resolveram começar a cativar a ovelha. Transportaram-na na caixa, até ao outro lado do planeta, ficando assim sozinha, o que a entristecia imenso. Contudo, todos os dias, pelas cinco horas da tarde o principezinho ia buscá-la e em conjunto com a flor, falavam com ela. Dois meses depois, a ovelha estava totalmente cativada. Os três eram agora um só, não podiam viver um sem os outros.


Carlos Manuel dos Santos Pereira, nº.4 9ºB

Uma Viagem Atribulada

Era dia 24 de Dezembro, o céu estava negro e nublado, algo me dizia que vinha ai uma tempestade. O Pai Natal insistia com as Renas de que tinham de distribuir os presentes por todas as crianças:
- Mas vocês estão parvas ou quê? As crianças de todo o Mundo esperam que o Pai Natal lhes tenha levado as prendas para amanhã acordarem e brincarem. Um momento de felicidade extrema que só ocorre uma vez por ano! Eu não posso faltar!
- Mas Pai Natal - dizia o Rodolfo - o tempo... está mau tempo, no céu nem uma estrela cintila… Devemos esperar e entregar as prendas no dia de Reis como pedem os espanhóis.
- Não - contrariava o Pai Natal - as crianças esperam-me. E o que faço eu a todas estas prendas dentro do trenó?
E assim foram continuando, eu, sempre à escuta, ouvia tudo. Ah… Esqueci-me de me apresentar. O meu nome é... É... Bom não sei o meu nome, mas como tenho um papel a dizer “Do: Pai Natal; Para: João” o meu nome deve ser João. Olá, o meu nome é João. Sou uma prenda e neste momento estou no saco do Pai Natal. Como já vos disse o Pai Natal quer entregar as prendas às crianças, embora o tempo não esteja lá muito bom, e as renas pedem-lhe para esperar. O que se passará a seguir? Bom é melhor continuar…
O Pai Natal, após muitas insistências, lá conseguiu convencer as renas a transportarem-no até às casas das crianças, mas mal sabiam eles que iriam encontrar uma tal tempestade... Nessa altura o Pai Natal já tinha ido a França, Inglaterra, Alemanha e ao resto da Europa e estava agora a dirigir-se para o Golfo do México quando o trenó começou a abanar:
- Mas… Mas… O que é isto?- perguntava o Pai Natal.
- Isto é o fruto da sua teimosia Pai Natal, não dá logo para perceber que nos fomos enfiar mesmo no meio de um tempestade?!- diziam as renas.
As prendas, todas elas tremiam de medo, algumas até comentavam o medo que tinham de não chegar ao destinatário, porque o dever das prendas é chegar ao seu destinatário, aquelas que se perdessem ou ficassem para trás seriam prendas esquecidas. E todas as prendas sabem que isso era a pior coisa que poderia acontecer, pior até do que a hora em que as prendas morrem, sim, porque as prendas também morrem, todas as prendas que são desembrulhadas morrem. Mas, continuando, o Pai Natal fazia esforços e esforços para conseguir sair daquela tempestade e entregar todas as prendas a todos os meninos, as prendas cada vez mais enjoadas e assustadas tremiam. Até que, o tempo acalmou, apenas se sentia uma pequena brisa, tinham saído da tempestade, mas o saco estava mais vazio, algumas prendas tinham desaparecido! Pois é, esse dia foi o pior dia para o Natal de todos os meninos, 20 prendas perderam-se no meio da tempestade, eu, como tive sorte, apesar de estar no cimo do monte de prendas, quase ao pé da abertura do saco, consegui escapar… O Pai Natal, assustado, dizia agora para as renas:
- Ai Meu Deus… E agora?! Perderam-se 20 prendas, 20 meninos não podem passa o Natal sem prendas! Temos de voltar atrás e recuperá-las disse o Pai Natal preparando-se para virar o trenó.
- Não! - disseram as renas em uníssono É melhor primeiro distribuirmos estas e depois podemos voltar atrás e tentar recuperá-las, senão podemos voltar à sua casa e pedir aos Ajudantes do Pai Natal e à Mãe Natal para fabricarem algumas novas…
O Pai Natal, ainda em estado de choque, aceitou a ideia das renas e depressa distribuiu pelo Mundo todas as outras prendas.
Voltando para trás só recuperam 15 prendas, faltavam mais cinco. Quase antes do cantar do galo, o Pai Natal teve de ir a casa e pedir à Mãe Natal e aos ajudantes do Pai Natal que fabricassem mais cinco prendas novinhas. E assim, após toda esta tragédia da tempestade foi abalada, e todos os meninos receberam prendas no dia de Natal. Agora devem estar a pensar “Mas se as prendas sempre que são abertas morrem, porque é que esta não está morta?” a esta pergunta responde-se da seguinte maneira: o menino a quem o Pai Natal me entregou era muito pobre, e esta era a sua primeira prenda, por isso fez questão de não me desembrulhar e de me guardar na mesinha de cabeceira ao lado da sua cama. Ainda hoje, passados 3 meses, estou com o mesmo fato que estava no dia 24 de Dezembro.


Alcochete, 24 de Dezembro de 2008

Henrique Barbacena
9ºD

8 de dezembro de 2008

Desafio de Natal



O NATAL está à nossa porta e o Pai Natal, a esta hora, deve andar atarefadíssimo a recolher sonhos por esse mundo fora para que, no dia 25 de Dezembro, a sua missão esteja cumprida com êxito!

Já pensaste no que sentem as prendas quando viajam com o Pai Natal? Escreve um texto e imagina os seus sentimentos, o que elas pensam, o que elas falam... nessas viagens tão hilariantes e atribuladas...

Podes entregar o teu texto ao teu professor de Língua Portuguesa (ou às professoras responsáveis Fátima Costa e Isabel Pereira) até ao dia 18 de Dezembro. Os melhores textos serão publicados aqui no blogue da Escrita Criativa.

Escreve, mas não te esqueças de acender a Estrela da Criatividade na tua Imaginação!

Carta Extraordinária para Fernando Pessoa


Alcochete, 15 de Outubro de 2008

Senhor Fernando Pessoa,

De onde veio o seu talento para escrever esses seus poemas? É mesmo uma coisa extraordinária, porque você é um artista com tanto talento, com tantos poemas fantásticos!
Quando nasceu todo esse talento? Como foi quando se apaixonou? Escrevia-lhe poemas?
Acho que o senhor Fernando Pessoa foi um poeta muito importante na história da literatura e da cultura portuguesas e, por isso, não vai ter tempo para nos responder. Parabéns pelos seus 120 anos!
Abraços de três alunos do século XXI,

Adónis, Rafael e Carlos Mané, do 8º B

No Comboio Descendente, de F. Pessoa (modificado)



No comboio ascendente,
Andava tudo à pancada,
Uns por cima dos outros
E outros sem dar por nada.
No comboio ascendente
De Portimão a Almada.

No comboio ascendente,
Vinham todos à janela,
Uns a olhar para os outros,
E os outros sem dar por ela.
No comboio ascendente
De Lisboa a Palmela.

No comboio ascendente,
Mas que grande confusão,
Uns dormindo, outros gritando,
E outros sem pedir perdão.
No comboio ascendente
De Palmela a Olhão.

( Inês e Marisa Fernandes – 8º A)



7 de dezembro de 2008

ENTREVISTA IMAGINÁRIA ( Excerto)



“ Boa tarde, estamos aqui em directo, na rádio Principal (palmas) e vamos entrevistar o maior e melhor poeta português de agora: Fernando António Nogueira Pessoa!"

Jornalista Vera: Boa tarde, como se sente por estar aqui connosco?
Fernando Pessoa: Boa tarde, é uma honra para mim estar na Rádio Principal.
J.V.: Como deve saber, é considerado um dos maiores poetas portugueses e o seu valor é comparado ao de Camões.
F.P.: Pois, não estou, nem estava à espera de conseguir um sucesso assim tão grande.
J.V. Conte-nos como foi a sua infância e o que passou para conseguir este sucesso, esta fama.
F.P. Bem…nasci em Lisboa, a 13 de Junho de 1888- dia de S. António - e passei a maior parte da minha infância na África do Sul. Fui baptizado na igreja dos Mártires, no Chiado, perto de casa (morávamos no Largo s. Carlos)
A minha infância e adolescência foram marcantes. A 24 de Julho de 1893, o meu pai morreu vítima de tuberculose (aos 43 anos) e o meu irmão Jorge morreu um ano depois, sem sequer completar um ano. Devido a tudo isso, a minha mãe viu-se obrigada a leiloar parte da mobília e mudámo-nos para uma casa mais modesta, em S. Marçal, onde infelizmente não se ouvia música, nem o som do sino da igreja dos Mártires (mas esses sons ficaram sempre na minha memória…).
J.V.: Podemos imaginar que deve ter sido muito difícil para si e para a sua mãe passar por uma fase tão complicada. Fale-nos um pouco sobre os seus estudos.
F.P.: Após o casamento da minha mãe, em 1896, vivi na África do Sul, entre os anos 1896 e 1905. No Liceu de Durban fiz os estudos secundários.
J.V.: Diga-nos que outras escolas mais frequentou na África do Sul?
F.P.: Estive durante um ano, numa escola comercial em Durban Hight School e concluí ainda o “ Intermediate Examination Arts”. (…)
J.V. :Hum…Já nessa altura redigia jornais.
F.P.: Exactamente. E em 1905, creio eu, frequentei o Curso Superior de Letras. Isso tudo quando decidi regressar e permanecer definitivamente em Lisboa.
J.V.: Foi então que decidiu montar uma tipografia e editora …
F.P.: Ai, a tal falha (cara envergonhada)…digamos que comecei por me dedicar a um pouco de tudo, à escrita, ao estudo da Filosofia, das Ciências Humanas e Políticas. ( …)”

Daniela Stahi e Joana Carvalho, 8º B

120 anos : Já foi há tanto tempo, Fernando Pessoa


Quando eu era criança vivi,
Cresci a fazer poemas, uns fáceis, outros difíceis,
Às vezes não percebia o que fazia,
Mas gostei do que fiz
Deixei de ser aquele
Miúdo e passei a ser homem solitário
Mas sempre acompanhado pelos livros e pela literatura,
Escrevendo de tudo como uma aventura
Ai que prazer, não cumprir um dever
Ter um livro para ler e não o fazer…
Deixar de ser criança e homem e passar a ser…
Poeta do Mundo.

(poema colectivo do 8º A, lido e escrito durante a actividade da BE, no dia 27 de Outubro, Dia Internacional das Bibliotecas Escolares)





Nem eu me conheço,
Nem sei quem sou…
Só sei que tudo o vento levou,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque todo o possível sei eu,
Sonhando num mundo só meu.
Eu não sei o que sou...
Mas sinto o que sou,
Com este poema, um poema voou…

( poema colectivo, 8º E – na mesma actividade)

De uma publicidade nasceu um poema


Chanel, por que não experimentar?
Há um cheiro tão bom no ar,
Até me faz espirrar!
Não tem que se preocupar,
Estes espirros vão passar,
Lindamente ao luar.

Foi fácil de curar,
Infelizmente, voltei-me a constipar!
Vim agora do hospital,
Encontrava-me mesmo muito mal.

( Pedro Ortet – 8º B)

UMA LENDA INVENTADA


Contaram-me esta história sobre a origem da terra dos meus avós. Conta-se que, naquele tempo, a vida era muito, muito diferente. Na Terra dos Sonhos, os duendes eram os mais bondosos, pois aceitavam tudo o que lhes acontecia, coisas boas ou más. Já os outros bichinhos, das outras terras, pensavam ao contrário.

- Mãe, quando é que podemos ir visitar as outras terras? Principalmente a Terra da Imaginação, onde inventam tudo e mais alguma coisa… Deve ser…
- Ai, Verdina! Acorda filha, não podes sonhar tanto. Os bichinhos das outras terras não nos aceitam.

Na Terra dos Sonhos havia um grande problema: sonhavam demasiado. Então as coisas não corriam bem.
Estava uma bela noite e Verdina decidiu viajar até à Terra da Imaginação, já que a mãe não queria (o fruto proibido é o mais apetecido…).

­- Bem, que maravilha! – exclamou a Verdina.
- Mas o que é isto?! Que horror! Vá-se já embora! – disse alguém.
- Espere, eu só quero ver e perceber que tipo de terra é esta! – disse a Verdina entusiasmada. – Tem assim tanta imaginação esta terra?
- Mas que duenda mais engraçada. Já que insistes…- respondeu a Dona Amélia. – Chama-se Terra da Imaginação, pois nós aqui inventamos tudo, tal com uma máquina chamada computador, os carros, o avião… nós aqui temos tudo.
- Que lindo! Apesar de não saber o que significa esses nomes todos… - respondeu confusa Verdina. – Pois nós temos coisas diferentes, temos tempo para sonhar e divertirmo-nos com coisas simples como a dança da fogueira, as escondidas e o salto da árvore.

Verdina abriu, de repente, os olhos e percebeu que o seu mundo era mais divertido. TER TEMPO era fundamental! E na Terra da Imaginação, todos tinham pressa de imaginar e não pareciam divertidos.
Adivinharam: sou bisneta da Verdina e gosto de sonhar… e, às vezes, vou à Terra da Imaginação sem darem conta.

Daniela Stahi, 8º B

Maleta Violeta (Várias histórias)


Era uma vez uma maleta violeta que vivia abandonada nas prateleiras de uma loja. Já lá estava há muito tempo e ninguém a comprava. As suas companheiras iam e vinham e ela continuava no mesmo sítio, ano após ano. Ela achava-se feia e sem graça.
Um dia porém, a sorte bateu-lhe à porta, pois pela loja passou uma famosa apresentadora de televisão que gostou muito dela e acabou por comprá-la. A partir desse dia, a vida da maleta violeta levou uma grande reviravolta: passou a frequentar, muitas vezes, o estúdio de televisão e tornou-se famosa por ser diferente das outras maletas. Acabou por ser famosa também, quando um realizador de uma telenovela resolveu dar o seu nome à dita e utilizá-la como adereço. Então apareceu a tiracolo da actriz principal e virou moda. Depois dessa telenovela, não havia quem não quisesse ter uma maleta violeta. A fábrica de malas passou a produzir, dia e noite, maletas violetas.

Pedro Ortet, aluno do actual 8º B ( texto produzido no final do ano lectivo transacto)


Era uma vez uma maleta violeta que estava esquecida no fundo de um velho armário no sótão da casa da minha velha avó de oitenta e cinco anos. Eu vou contar a sua história: num belo dia de Verão, estava eu em casa, sem nada para fazer quando, de repente, o telemóvel tocou e, do outro lado, ouvi a voz da mina avó a convidar-me para ir lá passar o dia. Ao princípio, não achei muito boa ideia, mas depois ela disse que, se eu quisesse, íamos para o seu sótão. Fiquei entusiasmada imediatamente, porque eu adorava aquele sótão, era um sítio cheio de histórias e de tesouros caídos no esquecimento do mundo.
Lá fui, muito contente, para a casa dela. Quando lá cheguei, a minha avó disse-me:
_ Despacha-te, vamos para o sótão.
Fiquei curiosa, a pensar nas coisas espectaculares que íamos descobrir. Talvez uma caixa especial, quem sabe se uma lâmpada mágica. A avó estava mais entusiasmada do que eu, parecia uma criança.
_ Vamos lá ver o que há aqui dentro desta gaveta, eu e o teu avô chamamos-lhe “ a gaveta mágica”, porque tem aqui grande parte da nossa vida, desde álbuns de fotografias, roupas…algumas roupas do nosso casamento.
_ Avó, olha, que maleta violeta é esta? - gritei.
_ É a maleta que usei quando fui de viagem de lua-de-mel com o teu avô António. Tem uma grande história. Quando saímos do avião, fomos de táxi para o hotel e a maleta ficou esquecida no táxi. Quando o teu avô e eu desfizemos as malas, reparámos que faltava a maleta e então como não nos lembrámos onde esta poderia ter ficado, decidimos esquecê-la. Só quando regressámos é que a vimos na secção dos perdidos e achados do aeroporto e fomos lá buscá-la. Rimos tanto desta situação!
_ Avó, tens objectos com tantas histórias no teu sótão. Quero voltar para me contares mais histórias.

Marisa Dias, actual 8º B (texto produzido no final do ano lectivo transacto)

17 de novembro de 2008

Desafio Quinzenal – O OBJECTO


“UMA VIDA DE VIDRO”

Imagina um copo; pode ser um copo que conheças, um copo que uses frequentemente.
Conta a história da vida desse copo: onde nasceu, como chegou aqui, a sua vida e experiências. Mas antes de o contares, na 1ªpessoa, pensa na forma de ser e viver de um copo.

- O que é que um copo conhece dos seres humanos? Mãos e lábios – e deves distingui-los por isso;

-Tem medo de várias coisas de que os humanos também têm: diferenças brutais de temperatura, cair no chão e partir-se, rachar-se. Também há que ter em conta que gosta ou odeia (isso agora é contigo) máquinas de lavar loiça e lava-loiças;


-Tem diferenças de forma e feitio, origem e meio, como os seres humanos: há os copos de cristal, os coloridos, os de marca, etc.

Desenvolve agora a história da vida de um copo, tendo em vista que estás a contar e a ver o mundo como se fosses um copo.

Podes entregar o teu texto ao teu professor de Língua Portuguesa (ou às professoras responsáveis: Fátima Costa e Isabel Pereira) até ao dia 26 de Novembro.

Estilhaça a tua imaginação em mil ideias!

2 de novembro de 2008

Área 51

Área 51 é um dos nomes atribuídos à área militar restrita no deserto do Nevada, próxima de Groom Lake, nos Estados unidos.
Cientistas e ex-funcionários de Groom Lake vieram lançar a polémica, ao afirmarem que, esta base está a ser utilizada para os americanos desenvolverem tecnologia alienígena.
Desde o estabelecimento da Área 51, várias pessoas declaram ter visto estranhos objectos a sobrevoar o seu espaço aéreo e arredores, mas as autoridades negam os factos.
Esta base está a tornar-se mundialmente conhecida, devido a uma série de acontecimentos ocorridos nos últimos dias envolvendo “contactos” dos Americanos com extraterrestres.
Certo é que se verifica uma extrema segurança em volta desta base, que deixa a questão: mas que segredos tão importantes podem estar escondidos neste local?


Daniela mota nº 4 – 8º E

A invenção do futebol



Ontem, 22 de Junho de 1875, em Inglaterra, um grupo de ingleses saiu à rua chutando uma bola de couro para comemorar a expulsão dos Dinamarqueses. A bola simbolizava a cabeça do invasor.
Um dos homens, ao chutar a bola, acertou na porta de uma casa, o que o fez pensar.
O homem foi a casa buscar um giz, e marcou umas linhas no chão. Desenhou uma linha, de uma porta de uma casa a outra que estava no lado oposto. De seguida, marcou o meio do campo, ao qual chamou meio campo. Depois de ter feito as linhas, chamou alguns dos seus amigos e falou-lhes da sua invenção. Eles riram-se e disseram que aquilo nunca iria funcionar.
Então, o homem pediu-lhes para eles o ajudarem, entrando na sua nova invenção. Eles aceitaram e passaram largas horas a jogar àquele jogo.
Esse jogo veio a chamar-se FUTEBOL.


Miguel Oliveira nº 17 8º E

Primeira travessia aérea sobre o Atlântico Sul


Hoje, 17 de Junho de 1922, terminou a primeira travessia aérea sobre o atlântico Sul, realizada pelo piloto Sacadura Cabral e o navegador Jorge Gago Coutinho, dois aeronáuticos portugueses.
Os dois aeronáuticos partiram quinta-feira 30 de Março de 1922 de Fairey III-D, demorando 62 horas e 26 minutos a percorrer uma distância de 8383 km.
A viagem foi realizada por etapas até aterrarem no Rio de Janeiro - Brasil, no dia de hoje.


David Carmo nº 5 – 8º E

Foi inventado o cinema

Ontem, os irmãos Lumière inventaram o cinematógrafo, em Paris, fazendo uma apresentação ao público do engenho.
Dia 23 de Dezembro, foi um dia especial para a história do cinema.
Neste dia, no salão Grand Café, em Paris, os irmãos Lumière fizeram a apresentação pública da sua invenção, à qual deram o nome de cinematógrafo.
O filme exibido foi L’ Arrivée d’ un train a la Ciotat.


Pedro Margarido nº 18 – 8º E

A invenção da lâmpada

O senhor Thomas Alva Edison, depois de muitas tentativas e enormes investimentos, mostrou, ontem, ao mundo, a primeira lâmpada eléctrica, neste ano de 1876, no seu laboratório, nos E.U.A..
Após um longo ano de tentativas, Thomas Edison, por fim, conseguiu o filamento ideal “Fio de algodão parcialmente carbonizado”, para automizar a sua invenção.
Esta primeira lâmpada funciona numa campânula de vidro, com vácuo, e aquece-se com a passagem da corrente eléctrica até ficar incandescente, sem derreter, sublimar ou queimar.
Neste final de ano, muitas pessoas já viram esta invenção de Thomas. Dos resultados dos inquéritos realizados pelo Jornal, mais de 60% das pessoas ficaram muito impressionadas.

Rui Santos nº 24 – 8º C

O mundo do Batom


O mundo do Batom

Ontem, um cientista francês descobriu como foi inventado o batom.
Tudo começou em 5000 a. C. no Egipto, quando as mulheres egípcias começaram a utilizar pigmentos vermelhos nos lábios, facto que foi provado observando o busto da rainha egípcia Nefertiti.
Na Grécia, no século II, havia uma lei que proibia as mulheres de usarem batom, antes do casamento.
Em 1770, o Parlamento Inglês tinha proibido o uso de batom nas mulheres por considerar que a sua utilização servia para seduzir e manipular os homens.
Segundo o cientista afirmou, nos dias de hoje, o número de mulheres que utilizam batom eleva-se por todo o globo.


Joana Raquel nº 10 – 8º C

Invenção da Pastilha Elástica




Invenção da Pastilha Elástica

Ontem, o americano Thomas Adams Jr. decidiu iniciar a produção e a venda da Chiclette (pastilha elástica), na América do Norte.
Tempos antes, António López (presidente e general mexicano, exilado nos E.U.A.) apresentara a Thomas Adams Jr. uma resina cremosa (látex) extraída de uma árvore denominada Chicle (árvore a partir da qual se passou a denominar as pastilhas elásticas mais famosas: Chiclette’s).
Mais tarde, Thomas Adams Jr. tentou vulcanizá-la, sem sucesso, utilizando-−a, posteriormente, para o fabrico de pastilhas elásticas.
A pastilha elástica deve ser mastigada, não se devendo engolir.

Ana Batista nº 3 – 8º C

31 de outubro de 2008

Eu sou o Max


Eu sou o Maximilian. Gosto do meu nome porque é o máximo.
Eu tenho muitos amigos: o Miguel, o Pedro Caldeira, o Pedro Guerreiro, o Rafael, o Daniel …
O Miguel é um brincalhão e gosta de gozar com os outros, mas mesmo assim é um bom amigo.
O Pedro Caldeira, como já viveu na América, é COOL, mas mesmo COOL!
O Pedro Guerreiro é mesmo um guerreiro, com grandes caracoletas e bruto nas brincadeiras.
O Rafael é um palhaço que só diz piadas para fazer rir toda gente.
E o Daniel é um fantasma porque o seu tom de pele é tão clarinho que às vezes mete medo. E por vezes tenho vontade de lhe dizer:
- Daniel! Não vás mais à natação, porque o cloro branqueia-te, e se não acreditas olha para mim!
Pronto! Já acabei de apresentar alguns dos meus amigos, mas há mais, precisamente UMA TURMA INTEIRA, e cada um deles tem uma particularidade especial e é por essa particularidade que eu gosto muito deles.
.
Maximilian Martau, 6º E

Os meus medos


Eu sou muito medricas tenho medo de muita coisa. De lagartixas, osgas, aranhas do escuro e muitas coisas aterrorizantes e até quando estou sozinha.
Há uma coisa que também não me agrada muito, eu tenho medo da minha mãe, quando ela ralha comigo e dá-me uma palmadinha no rabo…E agora, depois do que foi dito neste texto, sou medricas ou não sou?
.
Beatriz, 6ºE

25 de outubro de 2008

Quando o Sabor é Demais


A turma C e E do 8º ano produziram NOTÍCIAS incríveis e criativas a partir de dados históricos!

Aqui vos deixamos as que considerámos as mais engraçadas e originais.
Esperamos que se divirtam com a sua leitura e que alarguem os vossos conhecimentos culturais!




Quando o Sabor é Demais

Tudo aconteceu às duas da tarde do dia 1 de Outubro, quando uma taça com oito metros de largura e seis de comprimento derramou cento e vinte e cinco quilos de gelado de baunilha e de chocolate, sobre o Terreiro do Paço.
O evento destinava-se ao combate à anorexia. Mas, a plataforma onde se encontrava a taça cedeu devido ao excesso de peso, provocando três feridos ligeiros e, para os mais gulosos, muitas calorias a mais.
As equipas de limpeza já se encontram no local e dizem que só daqui a mais dois dias é que conseguirão limpar toda a praça.
Algumas pessoas presentes na praça, no momento do acidente, correram a casa para buscarem colheres. Outros troxeram pranchas para tentarem surfar no mar de gelado.
Apesar dos estragos na praça, este foi apenas o segundo pior acidente na história do gelado. O pior aconteceu nas Caraíbas quando uma fábrica de gelados rebentou , por motivos ainda desconhecidos, inundando a ilha de gelado.
O mar ficou com tons de rosa devido a grande parte do gelado ser de morango e hoje ainda é possível ver os vestígios deste em alguns corais ou até em alguns peixes.
O gelado "nasceu" há 400 anos na China, tendo sido aperfeiçoado em Itália.

Maria Inês Alves, nº 15 - 8º C.

16 de outubro de 2008

Bem-vindos ao Clube dos Criativos!


Acabaram as férias, o sol, a praia, os passeios... mas a criatividade, não!
Esta não tem férias, acompanha-nos para todo o lado e em qualquer momento.


Estamos de volta ao Clube para mais um ano que se vislumbra cheio de surpresas...


Caso tenhas sugestões, escreve-nos para:

clubedoscriativos@gmail.com


Este blogue é para ti, participa!
Deixa que as palavras brinquem na tua imaginação!!!
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8 de agosto de 2008

O SONHO

Estampa de Goya

Uma noite, D. Leonor, mulher de El-Rei D. João II e irmã do príncipe D. Manuel, dirigia-se para os aposentos reais, quando teve uma visão: via-se em Alcochete, com sua Alteza Real D. João II, numa largada. Um toiro viera contra si, por isso D. João II desembainhara a sua espada, cortara um bocado da sua capa vermelha e tentara tourear o boi preto.
D. Leonor não viu o resto, porque o seu sonho foi interrompido ao ouvir o seu marido que a chamou para irem dormir no leito real.
Algumas semanas depois, a corte dirigiu-se a Alcochete, como sempre fazia em algumas épocas do ano. Iam assistir às cerimónias religiosas e a uma largada, pois a vila estava em festa.
Antes do passeio pela vila, D. Leonor pediu a D. João II para que este levasse a sua espada, mas El-Rei D. João II quis saber porquê. D. Leonor pediu-lhe que confiasse nela. Então, D. João II levou a sua espada e entregou-a ao seu pajem.
Quando chegaram a Alcochete, havia uma grande feira com várias bancas de artigos para venda e muita animação: jograis, malabaristas, lutadores.
D. Leonor estava vestida com um grande vestido de brocado italiano azul e touca bordada a ouro, enquanto o rei D. João II, por cima do pelote bordado, trazia uma capa vermelha estampada de veludo.
A caminho da igreja, assistiram à largada que decorria, ao longo das ruas da vila. O pajem, que trazia a espada, conversava animadamente com as damas. Estavam todos a divertir-se, até que foram surpreendidos pelo boi que saltou as trincheiras. D. João II ordenou:
-Passai-me a espada, pajem!
Este não ouviu o pedido, porque estava atrás da comitiva
D. Leonor ficou assustada, porque na sua visão não tinha visto muita coisa, por isso disse a Sua Alteza Real:
-Cortai a capa e tentai tourear o touro!
O rei assim fez. Tentou rasgar a capa, mas não conseguia, porque o tecido era grosso e era difícil fazê-lo. Ficou em pânico e tremeu, tendo olhado para o céu, à espera de um milagre.
Felizmente, não aconteceu nada, já que o boi se desviou e continuou o seu caminho. D. Leonor ficou muita aliviada e agradecida pela coragem demonstrada pelo seu excelentíssimo esposo.
Alguns meses depois, D. João II, recordando este episódio, disse:
-Vou confiar sempre em si, minha querida rainha D. Leonor. Confiarei sempre nos seus sonhos.


João Justino, 7º B

7 de agosto de 2008

A Oração a Nossa Senhora do Manto

Foi no dia 11 de Junho, do ano da graça de 1557, que aconteceu uma desgraça que já era esperada. O rei D. João III morreu. Toda a família real ficou bastante abalada, com esta perda, pois o filho de D. João já tinha falecido e só lhe restava um neto, o príncipe D. Sebastião. Era bastante importante que este não morresse, pois se tal acontecesse não haveria rei que pudesse reinar.
Três anos após o falecimento de D. João III, a corte ainda bastante abalada, decidiu sair de Lisboa para espairecer. Então determinou parar em Alcochete onde tinham um paço real. Como na altura ainda não havia transportes directos para a vila, a corte veio de barco até à Aldeia Galega e, depois, foi preparada uma carruagem até à vila de Alcochete.
Quando chegaram, pararam ao pé de uma bonita igreja: a igreja da Misericórdia. Com curiosidade, decidiram entrar e depararam-se com uma beleza inexplicável. Os seus olhos nunca tinham visto tal coisa: o edifício, junto ao rio, era original com os seus dois andares e o seu altar, apesar de lhe faltar ainda algumas imagens para que aquele espaço fosse mais bonito.
Foi então que avistaram uma obra de arte lindíssima: a Bandeira da Misericórdia. Toda a corte se ajoelhou em plena igreja, em frente da bandeira. Fez-se silêncio. Até que se ouviu um barulhinho ao fundo. D. Sebastião abriu os seus olhos, olhou para a sua direita e viu a sua avó, a rainha D. Catarina de Áustria, a rezar em memória do seu falecido marido. Esta bastante concentrada, murmurava:
“ Nossa Senhora do Manto, cheia de Graça, que estais no céu, protegei o meu neto de tudo o que lhe poderá vir a acontecer. Fazei com que não lhe aconteça o que lhe aconteceu a seu pai. Este meu neto é bastante importante para mim, se ele morrer não existirá ninguém para reinar no seu lugar.
Acompanhai o meu neto para todo o lado, protegei-o do mal, o olhai também por todos os meus filhos que devem estar no céu ! “
D. Sebastião não percebeu por que tanto rezava a sua avó, mas gostou de a ouvir falar assim tão baixinho. Depois de D. Catarina de Áustria e de seu neto D. Sebastião saírem da igreja, todos se dirigiram para o paço para tomarem um chá.
D. Catarina, em conversa com seu neto, D. Sebastião, comentou:
_ Príncipe D. Sebastião, tenho estado a reparar que aqui, por estes lados, existem alguns mendigos. Lá para o nosso sítio também. E com uma terra tão bonita quanto esta, acho que todas as pessoas deveriam viver bem e não viver na rua, ao frio e à chuva!
_ Vossa Alteza, também concordo consigo, como será que poderemos ajudar estas pessoas? – respondeu o pequeno príncipe D. Sebastião à sua avó, D. Catarina.
_ Penso que sim, meu príncipe, durante esta pequena conversa tenho estado a pensar e acho que poderíamos apoiar financeiramente os irmãos da Misericórdia e também ajudar os irmãos da Igreja Ermida da Nossa Senhora de Sabonha, em S. Francisco. – disse D. Catarina.
_ Concordo com Vossa Alteza, se precisar de ajuda pode contar comigo. – disse o príncipe à sua avó.
Depois de uma longa conversa e de um longo passeio, estes decidiram voltar ao paço para descansarem um pouco.

Jéssica Gomes
Nº 7 / 7º B

CARTA DE FRANCISCO DE CAMPOS À FAMÍLIA









Évora, 10 de Julho de 1580

Queridos filhos e esposa,

Estou-vos a escrever esta carta, porque estou gravemente doente, tenho peste e já não tenho muito tempo de vida. Também estou a escrever esta carta para vos dizer que tenho muitas saudades vossas, e que gosto muito de vocês. Tenho pena por não nos voltarmos a ver, por isso foi esta a maneira que arranjei para me despedir de vós.
Peço que nunca me esqueçam, pois estarei sempre convosco no vosso coração. Poderão ver obras minhas na Sé de Évora e também no Museu Regional de Beja, poderão também ver a bandeira da Misericórdia de Alcochete que pintei em 1560 e que contém imagens da nossa Senhora da Misericórdia e de Nossa Senhora da Piedade.
Lembro-me dos momentos que passámos juntos no meu atelier em Lisboa e quando íamos de barco para Alcochete – saíamos na Aldeia Galega, lembram-se? A bandeira da Misericórdia foi um dos meus trabalhos mais difíceis por ser a primeira a ser feita, pois não sabia o que lá pôr na bandeira. Depois de falar com os irmãos, acabei por escolher a imagem da Nossa Senhora da Misericórdia (em proporções grandes), com o manto aberto e suspenso por dois anjos; o manto cobre dois grupos sociais distintos: do lado direito a realeza, personalizada pelo Rei D.Manuel e pela Rainha D. Leonor e, do lado esquerdo, o clero, personalizada pelo bispo, pelo papa e por um cardeal. Desenhei mais facilmente a Nossa Senhora da Piedade, já tinha visto tantas!
Espero que gostem de tudo o que fiz e que procurem conhecer bem o que fui fazendo em todos estes anos. Tenho ainda obras minhas na Ermida da Boa Nova, no Alandroal; na Igreja Matriz de Góis, em Coimbra, e ainda no Museu de Lagos. Deixo-vos tudo isso em testamento.
Assim me despeço de vós, beijando-vos com muitas saudades,

Francisco de Campos

(P.S. estarei sempre convosco, no vosso coração)

SENHORA DO MANTO

SENHORA DA MISERICÓRDIA
E AMIGA DE TODOS AS PESSOAS
NUNCA SE ESQUECE DE NINGUÉM
HONRA AQUILO QUE REPRESENTA
ORGULHOSA DOS SEUS FILHOS
REZA PARA TODAS AS PESSOAS, QUE NECESSITAM
AMIGA DE TODOS, ATÉ DAQUELES QUE NÃO ACREDITAM

DESEJA TUDO DE BOM PARA TODOS
OUVE SEMPRE OS PEDIDOS, AS SÚPLICAS

MULHER, MÃE E IRMÃ,
AMOROSA E CARIDOSA
NINGUÉM A DEVE DESRESPEITAR
TENTA AJUDAR QUEM NECESSITA
OU QUEM DELA PRECISA


Joana Costa, 7º B

Francisco de Campos


No dia seis de Janeiro de 1560, Francisco foi caçar com os amigos, nos bosques de Alcochete.
Ao cair da noite, voltaram do bosque com um veado e algumas aves. Durante a tão esperada ceia, todos se juntaram e se banquetearam com o que caçaram, enquanto ouviram algumas cantigas de amor, cantadas por um trovador.
No dia seguinte, Francisco acordou cedo, ao nascer do sol, e foi ao centro da vila acabar a obra, encomendada pelos irmãos da Misericórdia, obra esta que tinha iniciado no seu atelier de Lisboa. Preparou os materiais e começou a pintar, pois tinha que estar muito concentrado, agora que ultimava os pormenores. Tinha pouco tempo para acabar o quadro e ainda teve que decidir a técnica de pintura, a técnica dos modelados foi uma das escolhidas, pois gostava do efeito que provocava. Já cansado, foi dar um passeio pela vila e encontrou um fidalgo que conhecia há algum tempo q que tinha um solar na vila.
- Então, dizei, como vão as coisas? - perguntou Francisco.
- Vai tudo bem, graças a Deus. – respondeu o fidalgo – O que fazeis aqui?
- Estou a acabar a parte de trás da bandeira que tem a Nossa Senhora da Piedade e só tenho até para a semana, data marcada para a sua entrega aos irmãos da Misericórdia. – disse Francisco.
- Então, vós não tendes muito tempo, meu amigo! - retorquiu o fidalgo.
No dia seguinte, de manhãzinha, foi acabar o quadro, mas faltava-lhe cores para os pormenores. Precisava de ir a um conhecido boticário a Lisboa, para comprar pigmentos para a elaboração das tintas. E assim fez, apanhando o barco para Lisboa, na Aldeia Galega.
Quatro dias depois, já recomeçara a pintar, tinha feito os contornos e agora preparava outras cores, com o óleo de linhaça, o ovo e as terebentinas. O mais difícil era aquele azul do manto e os pormenores a ouro, assim como as sombras nos tecidos. Mas quando deu por acabado a sua obra-prima, suspirou:
_ Finalmente, vou poder ir a Évora ver a família. E até tenho outras encomendas para Évora que iniciarei depois de descansar.
Saiu para a rua e dirigiu-se à Igreja da Misericórdia para agradecer a Deus, por todas as encomendas e pela sua saúde, que lhe permitia cumprir os seus compromissos. Deu ainda graças pela sua família.



André Quadrado, 7º B

A MINHA ESCOLA ADOPTA UM MUSEU


A representante do Museu de Arte Sacra de Alcochete e os professores envolvidos no Projecto escolheram a bandeira da Misericórdia como testemunho a ser trabalhado pelos alunos desta turma do 7º ano (B) e pelos professores, este ano lectivo. Trata-se de um quadro de Francisco de Campos, datado de 1560. Foi um trabalho aliciante, para mais porque ganhámos o primeiro prémio nacional de escrita.


( Professora Ana Martins)

2 de julho de 2008

Objectos, plantas e animais na 1ª. pessoa

Sou um coelho e, para quem não o é, até se pode dizer que é giro, porque somos fofos. Mas o nosso maior medo é causado pelo homem, principalmente pelos caçadores e seus cães.
O mundo em que eu viveria cem por cento feliz seria um mundo sem caça, onde não só os coelhos sairiam a ganhar, mas também os melros, os leões, os elefantes, os pardais, os javalis, os ursos, as perdizes, as codornizes... portanto, seria só vantagens.
Mas como não é, acho que tenho de viver com isso. Esperemos que algum dia seja o dia milagroso em que alguém se revoltará e acabará com a caça de uma vez por todas.
Diogo Vítor
6º. F

Objectos, plantas e animais na 1ª. pessoa


Eu sou um lápis. Tenho um bico que me sustém, uma borracha, no cimo, muito branca e lisa e sou de madeira.
Um mundo perfeito para mim era um mundo cheio de lápis bem arranjados, a serem sempre utilizados na escrita. Com eles faríamos textos, haveria mais livros e o mundo seria mais belo.
Diogo Barbosa
6º. F

Objectos, plantas e animais na 1ª. pessoa


Eu sou um peixe de grandes dimensões e de famílias ilustres. Sou um óptimo nadador e sei "pescar" o meu próprio peixe, embora isso seja cada vez mais difícil: o alimento é cada vez mais escasso e de pior categoria, menos saboroso e de menor tamanho.
Sei que não há um culpado directo por esta situação, mas alguém tem que se responsabilizar. Existem muitos suspeitos, mas eu penso que o responsável é o homem porque o animal já cá estava antes de tudo isto acontecer.
Por mim podiam separar os homens dos outros seres vivos, e eles que se desenrascassem. Porque eu não como e não mato tudo o que me aparece à frente. Portanto, espero que toda a gente melhore os seus hábitos e comece a pensar mais nos outros.
Diogo Gomes
6º. H

Objectos, plantas e animais na 1ª. pessoa

Eu sou um girassol.
Nasci a olhar para o sol e vou morrer a olhar para a lua.
Vivo no sul, num largo campo cheio de girassóis. É lindo, pois além de estar com os meus amigos também formamos uma bonita paisagem.

Joana Dias
6º. H

Objectos, plantas e animais na 1ª. pessoa


Chamam-me pedra e não tenho outro nome. Gosto da profissão que tenho, é muito simples, não tenho de fazer nada.
Ana Catarina Pereira
6º. H

19 de junho de 2008

Porquês vulgares/ Respostas extraordinárias


- Porque é que as plantas são verdes?
- Porque estão sempre enjoadas.

- Porque é que as pessoas têm duas pernas?
- Porque não são equilibristas.

- Porque é que o arco-íris tem muitas cores?
- Porque é pintor.

Diogo Vítor
6º. F

Porquês vulgares/Respostas extraordinárias


- Porque é que Saturno tem tantos anéis?
- Porque já se casou muitas vezes.

- Porque é que o céu é azul?
- Porque é do Futebol Clube do Porto.

- Porque é que o mar tem ondas?
- Porque os surfistas não param quietos.

- Porque é que o vento não se vê?
- Porque é um fantasma.

- Porque é que as letras foram inventadas?
- Para sabermos para onde vamos quando lemos os letreiros.

- Porque é que as galinhas não voam?
- Porque não têm o brevet de piloto.

Diogo Barbosa
6º. F

11 de junho de 2008

Sete palavras para um texto


pérola
alga
romã
adivinhar
suspirar
cintilante
abrir
Hoje de madrugada, foi achada, no Japão, uma ostra gigante escondida atrás de uma alga espectacular.Para a abrir foi muito complicado, mas de repente bastou uma pessoa suspirar para ela revelar o seu mistério: ninguém podia adivinhar que escondesse uma pérola tão cintilante e bela.
A romã é como uma caixinha de surpresas, mas não sei onde a hei-de colocar neste texto.
Diogo Barbosa
6º.F

Sete palavras para um texto


farol
laranja
madrugada
devagarinho
subitamente
alto
admirar


Dentro do farol está o faroleiro a comer uma laranja, de madrugada ...

Às vezes ele faz as coisas devagarinho e com tempo. Outras vezes, quando a mãe o visita, rapidamente tem de arrumar e despachar tudo.

À noite, sente subitamente uma mágoa por estar sempre sozinho no alto do farol.

É um homem de admirar.

Joana Dias
6º. H

Sete palavras para um texto


elefante
girassol
caracol
cantarolar
passear
elegante
brilhante

Um dia, num jardim, um elegante elefante comia um grande girassol amarelo e, numa das suas pétalas, estava um pequeno caracol.

Também ali andava a passear, debaixo de um sol brilhante e a cantarolar uma menina muito simpática, que gritou e assim salvou o caracol.

Ana Beatriz Cabrita
6º. H



21 de maio de 2008

SONHAR É...


SONHAR É…


… atravessar, lentamente, simplesmente os limites de cada um. Sobrevoar delicadamente, sensivelmente os pólos, de norte a sul. Continuar uma história, vivê-la, sofrê-la, senti-la, sem lhe pôr um ponto final, como voar de nuvem em nuvem, sentindo a sua espessura a acariciar o corpo, a mente. O início não tem limite, subir até onde se descobrir, até onde se conseguir, como o céu… não há limite. Sonhar é inexplicavelmente maravilhoso... (Tatiana, 7ºF)

…libertar as asas e poder voar até ao infinito. Poder gritar e dizer “VOAR”, poder dançar como criancinhas que nunca dançaram, dar a mão e ajudar … Sonhar é ter imaginação, viver a fantasia como uma criança, sonhar acordada, a dormir… sonharmos mais alto… poder alcançar uma estrela… alcançar esse sonho… (Isabel Costa, 7ºF)

… viver a outra vida que há em nós…(Hugo, 7ºF)

…fazer com que a nossa vida tenha cor e objectivos, sonhando podemos criar ideias, palavras e fantasias para serem realizadas… (Daniel, 7ºF)

…sermos nós próprios sem medos… é esquecer o NOSSO mundo e entrar no MEU mundo onde posso ser eu sem “mas” ou “e se”… (Helena, 7ºF)

…querer e poder… é o céu não ser o limite…é voar para além do horizonte…é não ter uma placa de STOP, nem obstáculos…é conseguir ser tudo, é não ter medo do pensamento. (Filipa, 7ºF)

… atravessar as reticências da nossa imaginação. (Rui Filipe, 7ºF)

…libertar a criança que há em nós, é deixar que a imaginação more dentro do nosso ser… (Rafaela, 7ºF)

…imaginar momentos que gostaria de viver, é converter pensamentos negativos em algo de bom e dar asas à nossa imaginação. (Joana, 7ºF)

… ir para além da imaginação, é não ter fronteiras e barreiras que nos travem o dia-a-dia. Um sonho é sempre mágico porque a fantasia é tanta que tudo nos parece “cor-de-rosa”. (Bernardo, 7ºF)

…libertar as asas da imaginação, da pura fantasia… é atravessar as linhas do horizonte e despertar a criança que existe em nós. (Tiago, 7ºF)

… ter fé no que realmente nós queremos ser, é acreditar que é possível acontecer e que o podemos alcançar (José, 7ºF)

…soltar o sentimento escondido dentro de nós… (Filipe, 7ºF)

…deixar brincar a criança dentro de nós, é deixar que a fantasia nos envolva. (Rui Manuel, 7ºF)

…querer uma estrela… é caminhar de olhos fechados e ver tudo a acontecer. (Rute, 7ºF)

…atravessar as linhas do nosso pensamento e libertar a criança que existe em nós. (João Tomé, 7ºF)


… libertar a força de viver, é querer, é poder, é amar…é poder voar. Sonhar é mergulhar no fundo do oceano, descobrir tesouros… é dar continuidade ao ponto final que tentam pôr na nossa vida, é atravessar os obstáculos, as dificuldades. Sonhar é ter magia no coração. (Martim, 7ºF)

ACRÓSTICO em diálogo com o CORAÇÃO


Mas porque é que escolhes tão mal as pessoas para eu amar?
Amas quem eu mando amares e acabou-se!
Respeitinho, sim?! Fazes-me amar pessoas erradas, que não prestam!
Incrível! Uma “pessoa” faz-te amar e tu és assim!
Sinceramente, amar pessoas assim não vale a pena!
Azar o teu, tens de amar quem eu, o coração, te mandar.

Blá,blá,blá! És mesmo “totó”!
Ah, és assim ?! Nunca mais te faço amar!
Realmente … Não percebes que as pessoas que escolhes são
Todas menos as certas?
Oh, estás a chatear-me mesmo! Acabou-se.
Lá por estares dentro de mim não tens o direito!
Olha, olha. Deves pensar! Ahahah...

Foste feito para fazer sofrer as pessoas!
Então, não gostas, não te queixes.
Raramente existem corações como devem ser!
Nada a dizer. Estou farto disto!
Azar ! Escolhes as pessoas erradas.
Não escolho nada, tu é que não sabes, mas aquela que eu escolhi, é a certa!
Desculpa?! Deves estar a brincar comigo!
Espera e verás! Depois de tudo, ainda vais ser muito feliz com a pessoa que escolhi para amares!
Sim, sim! Nem amizade tenho, mas vou por ti, não vou desistir e vou lutar até ao fim! Obrigada.


Marisa Fernandes, 7ºA

Cartas com destinatários extraordinários - Bart Simpson


Alcochete, 15 de Maio, 2008

Olá, Bart Simpson: és espectacular!

Sou um grande fã teu. Para ti posso ser um simples fã reles como todos os outros fãs, mas para mim és mais que um desenho animado criado por Matt Groening. És especial. Adoro a maneira como andas de skate e és muito rebelde. Adoro isso… mas também adoro a maneira de seres. És mais que um simples miúdo de 10 anos, mas tenho uma pergunta: como é que consegues aguentar as gravações todo o santo dia?!

Eu não era capaz… também deve de ser cansativo ser “estrangulado” todos os dias pelo Homer e a tua mãe é uma mãe galinha mas com aquele penteado… hum! Para falares com ela se calhar tens de olhar bem alto! Já agora… quanto é que ela mede? Para aí uns 2.30m! Mas deves ter um peso e andas sempre com preocupações… eu digo isso porque na vida real, sempre o Milhouse te pede para brincar tu nunca podes por causa do teu tempo… gravações para aqui, gravações para acolá… Tens uma sorte!

Quem me dera estar no teu lugar, mas por outro lado é muito cansativo, mas adoro-te á mesma… e espero que o vosso programa nunca saia do ar na vida, pois é a única maneira de eu te conseguir ver…

Um Grande Abraço…

João Carlos Pereira (7º A)

Cartas com destinatários extraordinários - Música


Alcochete, 15 de Maio de 2008

Querida Música

Então como estás ? Espero que estejas bem.

Tenho algo para te perguntar, algo que não consigo perceber: como é que tu tens tantas personalidades, tantos feitios e mudas de gostos de um dia para o outro? Não leves a mal a minha pergunta, mas é verdade.
Tanto podes estar muito calminha, como podes estar aos pulos. Podes mudar um tom, podes mudar a voz. Como é que fazes isso?! De tantas mudanças, de tantos feitios, qual de todos é o teu estado preferido? Penso que no teu lugar, não conseguiria ter nenhum preferido, pois cada um deve ter um significado, certo?

Tens família? Tens amigos? Tu não sabes o quanto és importante na vida das pessoas. Olha, tu para mim, e com certeza para muitas pessoas, és das minhas melhores amigas. Não passo um dia sem ti. E quando estou a tomar banho, estás lá sempre. Estás lá quando estou contente e quando estou triste. Tu não sabes o que fazes aos corpos das pessoas. Estas ao ouvirem-te, dançam e dançam e muitas delas parecem “possuídas”. Isto que te digo é para veres bem o quanto és importante na humanidade.

Eu, pelo menos, gosto muito de ti.

Um beijinho muito especial para um dos elementos mais especiais da minha vida.
Adoro-te muito. Fica bem.

Nídia Santos (7ºA)

20 de maio de 2008

Continuar o poema

-Ó Geraldo
queres o caldo?
-Não senhor
que me escaldo

-Ó Geraldo
queres as migas?
-Não senhor
que têm formigas
.....
Alice Vieira

-Ó Geraldo
queres tarte?
-Não senhor
que me dá um enfarte.

-Ó Geraldo
queres pão torrado?
-Não senhor
que fico constipado.

-Ó Geraldo
queres batata?
-Não senhor
que me mata.

-Ó Geraldo
queres empadão?
-Não senhor
que tenho uma indigestão.

-Ó Geraldo
queres cabrito?
-Não senhor
que me põe aflito.

-Ó Geraldo
queres água?
-Não senhor
que me dá mágoa.

Diogo Barbosa
6º. F