8 de dezembro de 2008

No Comboio Descendente, de F. Pessoa (modificado)



No comboio ascendente,
Andava tudo à pancada,
Uns por cima dos outros
E outros sem dar por nada.
No comboio ascendente
De Portimão a Almada.

No comboio ascendente,
Vinham todos à janela,
Uns a olhar para os outros,
E os outros sem dar por ela.
No comboio ascendente
De Lisboa a Palmela.

No comboio ascendente,
Mas que grande confusão,
Uns dormindo, outros gritando,
E outros sem pedir perdão.
No comboio ascendente
De Palmela a Olhão.

( Inês e Marisa Fernandes – 8º A)



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