28 de dezembro de 2010

O Velho, o Rapaz e o Burro

Era uma vez um menino chamado Merlin que vivia numa casa muito grande, mas muito solitária, pois Merlin vivia sozinho.
Um dia a casa de Merlin voou com ele lá dentro, voou dias e dias, até que pousou numa ilha, pensava ele que desabitada.
Merlin estava um pouco atordoado quando saiu de dentro da casa, não viu ninguém, só erva e areia sentia-se completamente perdida e desesperada.
Seguiu em frente para ver como se podia safar ou pelo menos se alimentar ate conseguir sair dali, isto é, se algum dia saísse. Acabou por encontrar um velho por ali perdido, e meteu logo conversa, pois ele julgava que era a única pessoa que o podia ajudar ou pelo menos fazer-lhe companhia.
- Olá sou o Merlin e tu?
- Eu, não sei
- Não sabes? - pergunta indignado
- Esquece isso é uma historia confusa depois explico-te. Como vieste cá parar?
- Não sei, um dia estava muito sossegado, senti a casa a levantar, bati com a cabeça contra qualquer coisa e só me lembro de acordar aqui.
Foram-se conhecendo melhor enquanto caminhavam pela ilha, até que começaram a ouvir o som de uma guitarra. Foram seguindo o som até encontrarem quem o fazia. Qual não foi o espanto deles quando viram que era um burro que estava a tocar a guitarra e que tocava muito bem… mas já a sua voz … Bem disso nem vale a pena falar, a voz do burro era HORRÍVEL. Cantava tão mal, mas tão mal que a primeira impressão do velho e do rapaz não foi nada boa. Mas o rapaz pensou e disse sussurrando ao ouvido do velho:
- Penso que nós e o burro sejamos os únicos habitantes da ilha e tão cedo não vamos sair daqui e eu não gostava de estar aqui abandonado e sozinho, porque não tentamos fazer amizade com o burro?
- Claro tens razão vamos falar com ele.
Então começaram a tentar falar com o burro mas ele cantava tão alto que nada ouvia, ele ainda nem tinha dado pelo rapaz e pelo velho, eles encontravam-se uns metros atrás mas se o burro cantasse mais baixo ouvia o barulho dos passos.
Gritaram, gritaram e por fim, finalmente o burro deu por eles.
- “Olá meus amigos sejam bem-vindos, eu sou o burro trabalhador e à música dá muito valor” - disse ele cantarolando
¬- Tu falas a cantar? – disse o rapaz surpreendido
-“ Claro que sim e muito orgulho tenho em mim.”- respondeu o burro e já sabemos como, a CANTAR.
O velho e o rapaz não queriam passar o resto dos seus dias a ouvir uma voz esganiçada a toda a hora e viraram-lhe costas, ignorando-o.
E o burro disse:
- “Porque se vão embora, olhem que fico com mágoa… tudo bem podem ir mas dêem-me água” – pediu suplicando e claro cantando
- Não te vamos dar nada nem para nós temos e vamos embora porque a tua voz é horrível.
O burro muito irritado disse:

“Vocês água não me dão
E estou aqui com uma grande aflição
Assim sede vou passar
E nada mais posso cantar”

O rapaz disse:
- Isso seria óptimo, mas nós temos de ir embora. Adeus burro.

E viraram costas sem dizer mais uma palavra. E lá ficou o burro triste, mas a cantar. Pelo caminho o rapaz e o velho iam conversando sobre a maneira de arranjar abrigo.
O rapaz perguntou ao velho:
- Mas há quanto cá estás, não tens uma casa ou algo assim?
- Olha, eu tenho um problema que ainda não te contei, acordei hoje de manhã aqui e não me lembro quem sou, de onde vim, o que aconteceu, não me lembro de nada.
- É pena não te lembrares da tua família.
- Pois ao menos tu ainda tens essas recordações, eu não!
- Não, eu não tenho recordações da minha família, eu não tenho família!
O rapaz começou então a desconversar e o velho não quis insistir, pois percebeu que não era um assunto fácil para ele, mas só lhe disse:
- Agora nós somos uma família!
O rapaz não disse nada mas os seus olhos mostravam a felicidade com a simples a frase do velho.
Decidiram então começar a trabalhar, Merlin lembrou-se então de ir ao sítio onde tinha caído a sua casa para aproveitar alguns materiais para tentarem construir uma nova casa.
Quando avistaram a casa correram direito a ela e retiraram tudo o que podiam, roupa, ferramentas, materiais, comida etc.
Percorreram parte da ilha à procura de um sítio ameno e plano para poderem construir a sua casa, depois de muito caminharem encontraram o lugar ideal mas já estava muito escuro e decidiram e descansar um pouco e começar a trabalhar de manhã. Assim fizeram.
De manhã, acordaram e reparam que estava caída no chão uma folha que falava sobre um enorme monstro que se aproximava daquela ilha, eles muitos aflitos e apressados começaram logo a construir uma casa para se abrigarem do monstro.
Não foram os únicos a saber da notícia, o burro também soube e começou também a construir abrigo, o burro era muito engenhocas e com pouca coisa fez uma casa fantástica e resistente.
Quando finalmente o rapaz e o velho terminaram a casa já se ouvia o barulho do andar aquele gigante monstro.
Apressaram-se a correr para dentro da casa.
O monstro facilmente derrubou a casa do velho e do rapaz, e eles começaram a correr pela ilha a fugir ate que passaram por a casa do burro, e o burro mesmo tendo sido mal tratado não hesitou em abrir-lhes a porta.
Claro que o gigante monstro também conseguia derrubar a casa do burro, por muita boa que fosse não era o suficiente, mas como se disse o burro era um engenhocas e preparou uma armadilha para o monstro, na qual ele caiu perfeitamente.
O velho, o rapaz e o burro festejaram e agradeceram de corpo e alma ao burro cantor. Ele sem guardar ressentimentos ficou amigo deles.
E terminara a cantar:

A vida é um desafio
Que só juntos conseguimos passar
Por mais obstáculos que tenha
A amizade vai saltar
Sejam altos ou baixos
A amizade consegue
Mas para isso é preciso
Que a ela demos valor
Amizadeeee
Amizadeeee
Obrigada por existires e a nós nos fazeres felizes
Amizadeeee
Amizadeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
Para noooóóoossss
Noooóóoossss
A mi zaaaaaaaaaaaa deeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee


Moral: Não se julgam as pessoas pela aparência, não é por ser diferente que não é igual. A amizade é algo construído através de milhares de pessoas diferentes, mas são aceites como são, isso sim e a verdadeira amizade, não é aquela amizade falsa, porque as pessoas se vestem bem, têm dinheiro, sãointeligentes... tudo isso é apenas interesse e não amor. A amizade é o amor pelas diferenças.



Trabalho realizado por: Mónica Mendonça, Diana, Mónica e Eliana
Turma: 7ºB

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