28 de abril de 2009

UMA VIDA DE VIDRO



É um copo igual a todos os outros.
Encontra-se num bar de aspecto sinistro, situado num beco da capital portuguesa.
Este copo tem marcados no seu vidro todos os sinais do seu trabalho: ora toca de servir, ora toca de ir à máquina.
Os anos passam, e já lá vão vinte anos de serviço… vinte anos de histórias contadas… vinte anos a reflectir o rosto de pessoas desgostosas e cansadas… vinte anos envolvido no ambiente pesado de fumo e drogas, coberto de mágoas e desgostos.
Este bar é conhecido como o Beco do Alfredo.
O senhor Alfredo é o dono do bar… é um senhor de bigode, com o cabelo meio grisalho. O palito permanece no canto da boca. Com o seu avental castanho, já com manchas de lixívia e bebida, transporta consigo uma corrente e uma cruz, banhadas a ouro. Tem os olhos cansados de viver.
O copo passa a maior parte do tempo a ouvir o senhor Alfredo a ler o Jornal de Desporto ou o diário local.
Este copo já ouviu todo o tipo de histórias: suicídios, crimes, abandonos, desgostos e tristezas.
Sempre que a Dona Amélia entra, o copo já sabe que, enquanto ela bebe o seu Gin Tónico, vai lamentar-se inúmeras vezes por o seu ex-marido a ter abandonado e perguntar-se a si própria se estava assim tão feia, enquanto observa o seu reflexo no copo cheio.
O senhor Joaquim, que ameaça matar o sobrinho por este ter assassinado o próprio pai, e o senhor Vidal, que chora horas a fio por ter apanhado a mulher enrolada com o mecânico, são também clientes habituais.
O copo fica tão desgastado, a ouvir tanta história e com tanta lavagem que, um destes dias, quando o senhor Alfredo menos esperar, depois de beber o seu café e bagaço do costume, encontra-o feito em cacos, dentro da máquina de lavar loiça. Ele já prometeu que o fazia.


Ana Mafalda Marques – 9º C.

Palavras que (não) gosto


(Actividade: Fazer uma lista de palavras de que gosto / palavras de que não gosto e aplicar essas palavras num texto.)

Palavras de que gosto: Natureza, Frutos, Bicicleta, Pedal.

Palavras de que não gosto: Vómito, Chuva, Vento, Poeira.

Estava um dia de muita chuva e vento e este levantava uma grande poeira.
No meio da Natureza, um menino andava na sua bicicleta. No meio da viagem, perdeu um pedal.
Desceu da bicicleta e, como tinha fome, resolveu ir procurar comida.
Encontrou alguns frutos e comeu-os. Mas deviam estar estragados e ele vomitou.
Para salvar o dia, encontrou o pedal da bicicleta, voltou a montá-lo, e lá foi para casa.


Ruben – 7º G.







Palavras de que gosto: Casa, Amigos, Gatos, Gomas.

Palavras de que não gosto: Escola, Estudar, Lixo, Matemática.

Um certo dia, estava a ir para casa, com algumas amigas. Tinha acabado de sair da Escola e, ainda por cima, tinha acabado de sair de uma aula de matemática!!!
Entrei em casa e as minhas gatas vieram logo ter comigo, cheias de fome.
Quando cheguei à casa de banho, vi que estava lixo espalhado pelo chão… as gatas!!!
Tive de limpar aquilo tudo. Assim que terminei, fui comer umas deliciosas gomas.
Mas, depois, a minha mãe chegou, e eu tive de ir estudar…


Inês Aires – 7º G

Os nossos dias “cinzentos”


(Actividade: Escrever um texto em que não se encontre a letra U.)

Os nossos dias “cinzentos”.

Nós somos como toda a gente… temos os nossos dias “cinzentos”.
Nesses dias, as lágrimas tomam posse do nosso corpo.
Nesses dias, nós pedimos ao pai para não respirar.
Mas, nesses dias, penso em ti… e o Sol brilha de maneira diferente e as estrelas falam comigo.
Fazes as lágrimas acabarem.
Comandas-me cérebro e corpo… e os dias ficam menos cinzentos… por ti.

(Vanessa – 7º G)

Acróstico com o nome



(Situação: Estás num elevador com um/a amigo/a teu/tua com quem estás zangado/a. O elevador avaria. Vocês zangam-se ainda mais e discutem mas, depois, acabam por perceber que o melhor é fazer as pazes e procurar resolver o problema.



Actividade: Fazer um Acróstico com os vossos nomes.)

- Isto não pode estar a acontecer!!!
- Não pode, não!
- És mesmo irritante, bolas!
- Sua pateta!

- Fogo, não me apetecia nada aturar-te hoje.
- Isto não é o melhor sítio para discutir.
- Lá isso é verdade. Voltamos a ser amigas como antes?
- Isso é o melhor. Não consigo estar zangada contigo.
- Pois, nem eu. Vamos tentar sair daqui?
- Ah! Ah! Sim, vamos!

(Inês Jarró / Filipa – 7º G)




- Caraças! Não acredito!
- Antipática, como sempre!
- Tu, então…
- Irra! Já não me faltava ficar aqui fechada, para ainda ter de levar contigo!
- Achas que, para mim, é um prazer estar aqui fechada contigo… não?

- Baratas me comam! Vais tocar no botão de Emergência ou não???
- Oh!!! Não vês que esta porcaria não funciona?
- Lindo! És mesmo esperta! Se carregares vêm ajudar… Não???
- Olha lá, não vês que está avariado? Por isso, não vem ninguém.
- Talvez venha. Mas não me apetece falar mais contigo.
- Achas que, para mim, é um prazer?

- Incomodada estou eu. Não te queixes.
- Não, não. Estar aqui contigo ainda é pior do que o facto de estar fechada.
- Está bem… Vamos lá pedir ajuda???
- Socorro! Socorro! Alguém nos ajude!!!
- Tá aí alguém?
- Afinal… explica-me: porque é que estamos zangadas?
- Não sei. Acho que foi por causa das aulas.
- Então… e se fizéssemos as pazes?
- Claro que sim… sempre fomos grandes amigas.
- OK! Então… Amigas!

(Cátia / Inês Taneco – 7º G)

“Ditos” do Dia dos Namorados.


“Ditos” do Dia dos Namorados

1. A medida do amor é amar sem medida.

2. Só há duas maneiras de te esquecer: De jeito nenhum e de nenhum jeito.

3. O mar falou-me da sua grandeza, dos tesouros que nele se escondem, dos animais que nele habitam.
Eu falei-lhe de ti, e ele sentiu-se pequeno.

4. Pedi ao meu Anjo que olhasse por ti enquanto dormias. Ele veio mais cedo, e eu perguntei-lhe porquê.
Ele respondeu que um Anjo não olha por outro Anjo.

5. És um sonho que se tornou realidade, um sonho lindo que me trouxe felicidade.
Espero que nunca venhas a deixar-me, porque o sonho acaba e sou obrigada a acordar.
Então acordo para a vida, que é triste e me faz chorar.
Porque, para andar no mundo sem ti, antes quero não andar.


(Carina – 7º G)

“Ditos” do Dia dos Namorados.


“Ditos” do Dia dos Namorados

1. Se eu pudesse ser uma parte de ti, escolheria ser as tuas lágrimas.
Porque as tuas lágrimas são concebidas no teu coração, brotam dos teus olhos, vivem no teu rosto e morrem nos teus
lábios.

2. Não trocaria um minuto de ontem contigo por cem anos de vida sem ti.

3. Se eu fosse um Anjo da Guarda, viveria para te guardar mas, como sou humano, vivo para te amar.

4. Adoro ver-te sorrir,
Adoro ver-te feliz.
Porque essa sensação
É tudo o que eu sempre quis.

5. A montanha vou subir
E do alto vou gritar,
Para toda a gente ouvir
Que nasci para te amar.

(Filipa – 7º G)

“Ditos” do Dia dos Namorados.


“Ditos” do Dia dos Namorados

1. Um dia, o amor virou-se para a amizade e disse:
- Para que existes tu, se já existo eu?
A amizade respondeu:
- Para repor um sorriso onde tu deixaste uma lágrima.

2. Um dia, viraste-te para mim e perguntaste se eu gostava mais de ti ou da minha
vida.
Eu respondi “Da minha vida.”
E tu saíste a correr, mas não me ouviste dizer: ”És a minha vida.”

(Salomé – 7º G)

Poema do Dia dos Namorados


Poema do Dia dos Namorados

No dia dos namorados
Andam todos apaixonados
Alguns muito calados
Com os sentimentos perturbados

Com os corações apurados
Cheios de paixão e amor
De emoção e de fervor
E é assim uma história de amor

(Luís – 7º G)

História de Amor


Era uma vez um rapaz, chamado André, que gostava de uma rapariga chamada Jéssica.
Ela não gostava nada dele. Achava-o desinteressante…não conseguia sequer ouvir falar nele.
Mas o caso não era bem assim… ele era um rapaz muito simpático… e gostava mesmo muito dela.
Aproximava-se o Dia dos Namorados e, nem ele nem ela, tinham par.
Na véspera do dia, ele fez-lhe uma surpresa: comprou-lhe um bonequinho, com um bilhetinho anónimo, a dizer AMO-TE.
Colocou-o dentro do cacifo dela, na Escola, e sentou-se ao fundo do corredor, à espera que ela chegasse.
Quando ela chegou, viu o bonequinho e adorou-o. Ele lá arranjou coragem e disse-lhe que tinha sido ele.
Conheceram-se melhor…apaixonaram-se…e foram muito felizes.


(Inês Jarró – 7º G)

A História de Um Copo.


Do armário para a mesa, da mesa para o lava-loiças e, deste, volta para o armário…
O meu nome é Cristalina, e esta é a minha vida, a vida de um copo.
No armário, convivo com todos os outros copos. Apesar do escuro, consigo distingui-los.
Lá, tenho muitos amigos mas, aquele de que mais gosto, é o copo de shot’s, por ser pequeno e colorido. Damo-nos muito bem, porque ele é sempre muito alegre.
Há que diga que pode ser da bebida!
Independentemente de tudo, gosto muito dele. Faz-me rir bastante.
Normalmente, sou usado quase sempre pela mesma pessoa. Chama-se Crispim, e é muito cuidadoso comigo.
A vida de um copo não é fácil pois, a qualquer momento, pode partir-se.
Mas não quero pensar muito nisso, pois tenho confiança no Crispim.
Bem, está a fazer-se tarde…acho que vou…Z..zz..zzzzz…

(Inês Jarró – 7º G)

23 de abril de 2009

Deixem o Gato namorar!!



QUEIXINHAS

A Vaca Mocha estava cansada e muito pouco louca. Certo dia, a Vaca Mocha foi ter com a Andorinha.
A Vaca disse:
_ Oh Andorinha, por que é que andas com o Gato Malhado? Ele é má companhia.
A Andorinha não percebia qual era o mal de falar com o novo amigo.
O Papagaio que rezava muito e ensinava moral disse:
_ Pois é, o Gato porta-se mal. Oh Gato, por que é que andas com a Andorinha? Quem gosta da Andorinha é o Rouxinol que é um pássaro…
O Gato respondeu:
_ Se não fosse um Gato, pedia em casamento a minha querida Andorinha que gosto do fundo do coração.
A Vaca Mocha voltou a dizer à Andorinha Sinhá:
_ Deixa-te disso. Namora com o Rouxinol.


( Fábio Oliveira – 8º A e Ruben Santos – 8º B



A VACA MOCHA

A Vaca conversa com o Gato sobre o que aconteceu…
Gato: Vaca, tenho um pedido de desculpas a pedir-te…devemos ter esta conversa.
Vaca: Então vá, diz lá o que tens para me dizer, seu malcriado.
Gato: É mesmo por causa disso que quero falar contigo.
Vaca: (muito irritada) Então rápido que tenho mais que fazer do que aturar gente malcriada.
Gato: Quero pedir-te desculpa pelo que aconteceu e pedir-te que sejas minha amiga.
Vaca: Tua amiga? ( ela gritou) Jamais…Tu és um inútil, de ti só quero distância.
Gato: Eu sei que estive mal, mas estou arrependido.
Vaca: Não. Aviso-te já que só contra a Andorinha gostar de ti.
Gato: Então porquê?
Vaca: Porque tu és um gato, ela é uma Andorinha e, ainda por cima, és malcriado…
Gato: Vá lá, temos de dar sempre uma oportunidade às pessoas.
Vaca: Pronto, está bem, eu aceito as desculpas.
Gato: E podemos ser amigos?
Vaca: Sim, podemos, mas não me peças para estar de acordo com esse namoro. Gato namora com gato, pássaro namora com pássaro.
Gato: Bom, já te ter como amiga é bom!!

( Marcelo Lóia – 8º A)





CARTA DE DESPEDIDA DO GATO Parque, 2 de Fevereiro de 2009



Querida,

Meu bem…estou de partida. Tenho que ir, é mais forte que eu, mas algo me diz que o melhor é mesmo ir. Mal parti e já estou a morrer de saudades tuas. Não sei como vou aguentar tudo, sem te ter ao meu lado. De noite, ao dormir, os meus pensamentos vão ao encontro do teu coração e fecho os olhos para te tocar. Em pensamentos, mas toco, e sinto que para sempre serei teu e que para sempre serás minha. Podes estar nos braços de quem quer que seja, mas sei que os teus primeiros pensamentos, ao acordar, serão meus. Tal e qual como será comigo, sem qualquer dúvida. Pode não ser nesta vida, mas um dia tu serás a minha vida. Não sei precisamente quando, mas os nossos caminhos um dia vão-se cruzar e aí vamos poder viver e partilhar este grande bonito e puro amor que sustenta os nossos corpos e os nossos corações.
Sei que daqui a umas horas terás uma aliança na asa. Fico feliz por saber que estás feliz e por saber que estás em tão boas mãos. Desejo do fundo do coração que o Rouxinol te possa dar a felicidade que infelizmente a vida não me deixa te dar.
Podemos ser as coisas mais diferentes do mundo, mas acredita, meu bem, que se é amor, apenas o sentimento importa, nada mais. O essencial é invisível aos olhos.
Acredito que vais guardar esta carta no teu cofre ( junto ao teu tesouro) e que a vais ler sempre que as coisas te correrem mal. Terás um apertozinho no coração, juntamente com umas lágrimas de saudade. Não preciso perguntar o que sentes, quando os teus olhos falam por ti. Quando me fitas com os teus olhos, tocas-me a alma.
Eu sei que és o amor da minha vida e que sempre serás. Um dia, eu sei que vou poder dar-te toda a felicidade que mereces. Até lá, vou desejando-te a maior das felicidades através dos meus pensamentos e desejos. Desejo esse abraço e esse toque a toda a hora. És mais que viva.
Um beijo com todo o respeito e carinho do teu gato que estará sempre contigo,

GATO MALHADO

( Nídia Santos – 8º A)




As turmas do 8º A e B estão a trabalhar a obra de Jorge Amado. Uma fábula espectacular sobre a discriminação e o preconceito. Foram feitos em sala de aulas diversos trabalhos, alguns ainda não estão concluídos.

Professora Ana Martins