30 de dezembro de 2008

Nas aulas de Estudo Acompanhado fala-se de História


Nas aulas de Estudo Acompanhado fala-se de História, das nossas origens...
Um grupo de alunos da turma C do 7º Ano, escreveu sobre nós há milhares de anos atrás...

Começar de Novo

Em tempos antigos, uma comunidade de Homo-erectus decide praticar o nomadismo, com as suas famílias.
Enquanto procuravam outro sítio para se alojarem, foram atacados por uma manada de mamutes. Foi devastador, quase toda a comunidade morreu, apenas um jovem casal conseguiu escapar à morte.
Estes dois seres, assim que viram a família e amigos mortos, decidiram começar tudo de novo.
Primeiro, encontraram um local seguro de animais perigosos e abrigados do frio.
Depois, decidiram que, enquanto o homem ia à caça, a mulher entretinha-se a cultivar e cozinhar pois já tinham inventado o fogo e a fala.
Durante a noite, sem ter nada para fazer, falavam e desenhavam pinturas rupestres para o homem ter sorte na caça. Também inventaram histórias de aventuras já passadas em tempos anteriores.
Enquanto a mulher cultivava, encontrou um pequeno animal perdido, decidiu adoptá-lo como seu filho.
Passados alguns anos, o casal reproduziu-se e formou uma família juntamente com o animal que, entretanto, tinha crescido e iria ajudar o homem a caçar.
Assim, conseguiram ultrapassar a morte dos seus pais e amigos.

História realizada pelos alunos:
Carolina Gomes nº6,Frederico Mestre nº10,Miguel Rodrigues nº18,Ophélie Forte nº21 e Vânia Figueiredo nº26.

Uma fábula, uma lição de vida...


A turma C do 7º Ano, divertiu-se à brava com a tradição popular e, todos juntos, criou esta fábula que, como sabem, traz-nos sempre um ensinamento, uma lição de vida... Que vos sirva, agora que é Natal, para nunca se esquecerem que o Natal é todos os dias!!!

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No tempo em que os animais falavam, deu-se um acontecimento cruel que marcaria, para todo o sempre, toda a humanidade.
Era um Inverno rigorosíssimo e na Pangeia viviam-se dias difíceis. Um pinguim e um urso lutavam, desesperadamente, pela sua sobrevivência. Enregelados avistaram uma gruta. Aproximaram-se, apercebendo-se que havia uma gruta para dois:
- Esta gruta é minha! – afirmou o urso-polar.
O pinguim ripostou:
- Só por seres maior e mais forte do que eu, não penses que vais ficar com a gruta!
Ditas estas palavras, os dois animais passaram à acção, gladiando-se pela gruta que, a partir daí, passou a ser conhecida como a Gruta da Discórdia.
Entretanto, enquanto os dois lutavam pela Gruta passou o Abominável Homem das Neves que se apoderou da gruta, alojando-se.
Nisto, o pinguim e o urso-polar aperceberam-se do terrível erro que tinham cometido: a ganância tinha-os cegado. A gruta era suficiente para os dois, mas o egoísmo e a ambição tinha-os feito perder tudo.
Mas, nem tudo se perdeu … Ganharam algo muito importante: aprender a partilhar, e juntos foram em busca de uma nova gruta.

Infelizmente, ainda existem pessoas que não aprenderam esta grande lição…

7ºC

26 de dezembro de 2008

Carta do Principezinho para a sua Rosa

Planeta Terra, 1946


Querida Flor,

Desculpa ter partido de repente e não ter dito mais nada. Confesso que fiquei muito aborrecido por sentir que me mentiste, não gosto nada de mentiras! Desde que parti com a minha melancolia, tenho viajado de asteróide em asteróide, com o objectivo de fazer amigos.
Tenho conhecido muitos humanos, mas alguns são “loucos”, muito estranhos na maneira como vivem e encaram a vida. Mas hoje conheci alguém que me fez compreender o verdadeiro significado da vida, a minha amiga Raposa. Ela explicou-me o que é “ficar preso” a alguma coisa, ou seja, criar laços de afecto e contou-me um segredo: “Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível para os olhos”.
Foi neste momento que percebi que tu és única e especial para mim. Chorei de saudade e arrependi-me de ter fugido de ti. Cativaste-me e eu não entendi. Também percebi que a tua vaidade era uma forma de queres estar bem contigo própria para poderes estar bem com os outros, comigo. Sabes? Naquela altura eu não sabia amar, não era capaz de entender a linguagem do coração e de perceber os segredos da alma. Hoje eu sei que tu perfumavas os meus dias, eras luz, ternura mágica que me embalava por dentro. Percebi que a beleza também tem espinhos, nada é perfeito e que não devemos avaliar ninguém pelas suas palavras, mas pelos seus actos. O essencial não se vê, sente-se no coração.
Foi preciso a distância para perceber como é importante este sentimento que nos une, apesar das diferenças que nos caracterizam. Hoje sofro por não estares aqui comigo, por não poder cuidar de ti… rego-te com as minhas lágrimas de saudade e envolvo-te carinhosamente na redoma do meu amor. Vejo-te no horizonte e envio-te em pensamento beijos de borboletas. Já as viste? Já as sentiste? Voaste nas suas cores? Pensa em mim, minha Flor, eu sou como voo que te contempla e acarinha.
Poderia arrepender-me de ter partido assim tão bruscamente de ti, mas sei que era necessária esta distância para eu crescer interiormente e compreender este segredo que morava em mim e eu não sabia.
Não vejo a hora de te ver outra vez e contar-te todas as aventuras que vivi nas minhas viagens por este universo.

Beijos do teu Principezinho que te adora!

P.S. Adoro-te como és!

Sara Beatriz Ribeiro Costa, 9ºB

A ovelha cativada

O Principezinho tinha finalmente chegado ao seu planeta. Trazia consigo uma velha caixa; nela transportava uma ovelha, mas o seu coração batia forte, sofrendo devido à saudade que sentia da sua amiga flor. Sim, agora já sabia, a flor era muito importante para si, ele sentia a sua falta, afinal sentia uma grande amizade por ela.
Correu até à sua flor e com jeito e carinho deu-lhe um grande beijo. Ambos ficaram corados, seria vergonha ou felicidade?
Durante horas, o principezinho contou-lhe as suas aventuras, principalmente o seu encontro com a raposa, o significado de cativar e o momento em que percebeu o quanto ela era importante para si.
Mostrou-lhe com alegria a ovelha que trazia na caixa, dizendo-lhe que ela iria ser muito útil, pois iria comer os rebentos dos embondeiros para que o planeta ficasse limpo e eles pudessem passar mais tempo juntos.
Transportava consigo também um açaimo para que não existisse perigo da ovelha a comer, enquanto ele dormia. Tudo parecia maravilhoso, mas a sua alegria desapareceu, o açaimo não tinha correia e a sua amiga flor estava em perigo…
A partir desse dia a ovelha passava o tempo dentro da velha caixa, só saindo sob o olhar atento do principezinho, para comer os malditos rebentos dos embondeiros. Esta situação não agradava a ninguém. Assim, o principezinho e a flor resolveram começar a cativar a ovelha. Transportaram-na na caixa, até ao outro lado do planeta, ficando assim sozinha, o que a entristecia imenso. Contudo, todos os dias, pelas cinco horas da tarde o principezinho ia buscá-la e em conjunto com a flor, falavam com ela. Dois meses depois, a ovelha estava totalmente cativada. Os três eram agora um só, não podiam viver um sem os outros.


Carlos Manuel dos Santos Pereira, nº.4 9ºB

Uma Viagem Atribulada

Era dia 24 de Dezembro, o céu estava negro e nublado, algo me dizia que vinha ai uma tempestade. O Pai Natal insistia com as Renas de que tinham de distribuir os presentes por todas as crianças:
- Mas vocês estão parvas ou quê? As crianças de todo o Mundo esperam que o Pai Natal lhes tenha levado as prendas para amanhã acordarem e brincarem. Um momento de felicidade extrema que só ocorre uma vez por ano! Eu não posso faltar!
- Mas Pai Natal - dizia o Rodolfo - o tempo... está mau tempo, no céu nem uma estrela cintila… Devemos esperar e entregar as prendas no dia de Reis como pedem os espanhóis.
- Não - contrariava o Pai Natal - as crianças esperam-me. E o que faço eu a todas estas prendas dentro do trenó?
E assim foram continuando, eu, sempre à escuta, ouvia tudo. Ah… Esqueci-me de me apresentar. O meu nome é... É... Bom não sei o meu nome, mas como tenho um papel a dizer “Do: Pai Natal; Para: João” o meu nome deve ser João. Olá, o meu nome é João. Sou uma prenda e neste momento estou no saco do Pai Natal. Como já vos disse o Pai Natal quer entregar as prendas às crianças, embora o tempo não esteja lá muito bom, e as renas pedem-lhe para esperar. O que se passará a seguir? Bom é melhor continuar…
O Pai Natal, após muitas insistências, lá conseguiu convencer as renas a transportarem-no até às casas das crianças, mas mal sabiam eles que iriam encontrar uma tal tempestade... Nessa altura o Pai Natal já tinha ido a França, Inglaterra, Alemanha e ao resto da Europa e estava agora a dirigir-se para o Golfo do México quando o trenó começou a abanar:
- Mas… Mas… O que é isto?- perguntava o Pai Natal.
- Isto é o fruto da sua teimosia Pai Natal, não dá logo para perceber que nos fomos enfiar mesmo no meio de um tempestade?!- diziam as renas.
As prendas, todas elas tremiam de medo, algumas até comentavam o medo que tinham de não chegar ao destinatário, porque o dever das prendas é chegar ao seu destinatário, aquelas que se perdessem ou ficassem para trás seriam prendas esquecidas. E todas as prendas sabem que isso era a pior coisa que poderia acontecer, pior até do que a hora em que as prendas morrem, sim, porque as prendas também morrem, todas as prendas que são desembrulhadas morrem. Mas, continuando, o Pai Natal fazia esforços e esforços para conseguir sair daquela tempestade e entregar todas as prendas a todos os meninos, as prendas cada vez mais enjoadas e assustadas tremiam. Até que, o tempo acalmou, apenas se sentia uma pequena brisa, tinham saído da tempestade, mas o saco estava mais vazio, algumas prendas tinham desaparecido! Pois é, esse dia foi o pior dia para o Natal de todos os meninos, 20 prendas perderam-se no meio da tempestade, eu, como tive sorte, apesar de estar no cimo do monte de prendas, quase ao pé da abertura do saco, consegui escapar… O Pai Natal, assustado, dizia agora para as renas:
- Ai Meu Deus… E agora?! Perderam-se 20 prendas, 20 meninos não podem passa o Natal sem prendas! Temos de voltar atrás e recuperá-las disse o Pai Natal preparando-se para virar o trenó.
- Não! - disseram as renas em uníssono É melhor primeiro distribuirmos estas e depois podemos voltar atrás e tentar recuperá-las, senão podemos voltar à sua casa e pedir aos Ajudantes do Pai Natal e à Mãe Natal para fabricarem algumas novas…
O Pai Natal, ainda em estado de choque, aceitou a ideia das renas e depressa distribuiu pelo Mundo todas as outras prendas.
Voltando para trás só recuperam 15 prendas, faltavam mais cinco. Quase antes do cantar do galo, o Pai Natal teve de ir a casa e pedir à Mãe Natal e aos ajudantes do Pai Natal que fabricassem mais cinco prendas novinhas. E assim, após toda esta tragédia da tempestade foi abalada, e todos os meninos receberam prendas no dia de Natal. Agora devem estar a pensar “Mas se as prendas sempre que são abertas morrem, porque é que esta não está morta?” a esta pergunta responde-se da seguinte maneira: o menino a quem o Pai Natal me entregou era muito pobre, e esta era a sua primeira prenda, por isso fez questão de não me desembrulhar e de me guardar na mesinha de cabeceira ao lado da sua cama. Ainda hoje, passados 3 meses, estou com o mesmo fato que estava no dia 24 de Dezembro.


Alcochete, 24 de Dezembro de 2008

Henrique Barbacena
9ºD

8 de dezembro de 2008

Desafio de Natal



O NATAL está à nossa porta e o Pai Natal, a esta hora, deve andar atarefadíssimo a recolher sonhos por esse mundo fora para que, no dia 25 de Dezembro, a sua missão esteja cumprida com êxito!

Já pensaste no que sentem as prendas quando viajam com o Pai Natal? Escreve um texto e imagina os seus sentimentos, o que elas pensam, o que elas falam... nessas viagens tão hilariantes e atribuladas...

Podes entregar o teu texto ao teu professor de Língua Portuguesa (ou às professoras responsáveis Fátima Costa e Isabel Pereira) até ao dia 18 de Dezembro. Os melhores textos serão publicados aqui no blogue da Escrita Criativa.

Escreve, mas não te esqueças de acender a Estrela da Criatividade na tua Imaginação!

Carta Extraordinária para Fernando Pessoa


Alcochete, 15 de Outubro de 2008

Senhor Fernando Pessoa,

De onde veio o seu talento para escrever esses seus poemas? É mesmo uma coisa extraordinária, porque você é um artista com tanto talento, com tantos poemas fantásticos!
Quando nasceu todo esse talento? Como foi quando se apaixonou? Escrevia-lhe poemas?
Acho que o senhor Fernando Pessoa foi um poeta muito importante na história da literatura e da cultura portuguesas e, por isso, não vai ter tempo para nos responder. Parabéns pelos seus 120 anos!
Abraços de três alunos do século XXI,

Adónis, Rafael e Carlos Mané, do 8º B

No Comboio Descendente, de F. Pessoa (modificado)



No comboio ascendente,
Andava tudo à pancada,
Uns por cima dos outros
E outros sem dar por nada.
No comboio ascendente
De Portimão a Almada.

No comboio ascendente,
Vinham todos à janela,
Uns a olhar para os outros,
E os outros sem dar por ela.
No comboio ascendente
De Lisboa a Palmela.

No comboio ascendente,
Mas que grande confusão,
Uns dormindo, outros gritando,
E outros sem pedir perdão.
No comboio ascendente
De Palmela a Olhão.

( Inês e Marisa Fernandes – 8º A)



7 de dezembro de 2008

ENTREVISTA IMAGINÁRIA ( Excerto)



“ Boa tarde, estamos aqui em directo, na rádio Principal (palmas) e vamos entrevistar o maior e melhor poeta português de agora: Fernando António Nogueira Pessoa!"

Jornalista Vera: Boa tarde, como se sente por estar aqui connosco?
Fernando Pessoa: Boa tarde, é uma honra para mim estar na Rádio Principal.
J.V.: Como deve saber, é considerado um dos maiores poetas portugueses e o seu valor é comparado ao de Camões.
F.P.: Pois, não estou, nem estava à espera de conseguir um sucesso assim tão grande.
J.V. Conte-nos como foi a sua infância e o que passou para conseguir este sucesso, esta fama.
F.P. Bem…nasci em Lisboa, a 13 de Junho de 1888- dia de S. António - e passei a maior parte da minha infância na África do Sul. Fui baptizado na igreja dos Mártires, no Chiado, perto de casa (morávamos no Largo s. Carlos)
A minha infância e adolescência foram marcantes. A 24 de Julho de 1893, o meu pai morreu vítima de tuberculose (aos 43 anos) e o meu irmão Jorge morreu um ano depois, sem sequer completar um ano. Devido a tudo isso, a minha mãe viu-se obrigada a leiloar parte da mobília e mudámo-nos para uma casa mais modesta, em S. Marçal, onde infelizmente não se ouvia música, nem o som do sino da igreja dos Mártires (mas esses sons ficaram sempre na minha memória…).
J.V.: Podemos imaginar que deve ter sido muito difícil para si e para a sua mãe passar por uma fase tão complicada. Fale-nos um pouco sobre os seus estudos.
F.P.: Após o casamento da minha mãe, em 1896, vivi na África do Sul, entre os anos 1896 e 1905. No Liceu de Durban fiz os estudos secundários.
J.V.: Diga-nos que outras escolas mais frequentou na África do Sul?
F.P.: Estive durante um ano, numa escola comercial em Durban Hight School e concluí ainda o “ Intermediate Examination Arts”. (…)
J.V. :Hum…Já nessa altura redigia jornais.
F.P.: Exactamente. E em 1905, creio eu, frequentei o Curso Superior de Letras. Isso tudo quando decidi regressar e permanecer definitivamente em Lisboa.
J.V.: Foi então que decidiu montar uma tipografia e editora …
F.P.: Ai, a tal falha (cara envergonhada)…digamos que comecei por me dedicar a um pouco de tudo, à escrita, ao estudo da Filosofia, das Ciências Humanas e Políticas. ( …)”

Daniela Stahi e Joana Carvalho, 8º B

120 anos : Já foi há tanto tempo, Fernando Pessoa


Quando eu era criança vivi,
Cresci a fazer poemas, uns fáceis, outros difíceis,
Às vezes não percebia o que fazia,
Mas gostei do que fiz
Deixei de ser aquele
Miúdo e passei a ser homem solitário
Mas sempre acompanhado pelos livros e pela literatura,
Escrevendo de tudo como uma aventura
Ai que prazer, não cumprir um dever
Ter um livro para ler e não o fazer…
Deixar de ser criança e homem e passar a ser…
Poeta do Mundo.

(poema colectivo do 8º A, lido e escrito durante a actividade da BE, no dia 27 de Outubro, Dia Internacional das Bibliotecas Escolares)





Nem eu me conheço,
Nem sei quem sou…
Só sei que tudo o vento levou,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque todo o possível sei eu,
Sonhando num mundo só meu.
Eu não sei o que sou...
Mas sinto o que sou,
Com este poema, um poema voou…

( poema colectivo, 8º E – na mesma actividade)

De uma publicidade nasceu um poema


Chanel, por que não experimentar?
Há um cheiro tão bom no ar,
Até me faz espirrar!
Não tem que se preocupar,
Estes espirros vão passar,
Lindamente ao luar.

Foi fácil de curar,
Infelizmente, voltei-me a constipar!
Vim agora do hospital,
Encontrava-me mesmo muito mal.

( Pedro Ortet – 8º B)

UMA LENDA INVENTADA


Contaram-me esta história sobre a origem da terra dos meus avós. Conta-se que, naquele tempo, a vida era muito, muito diferente. Na Terra dos Sonhos, os duendes eram os mais bondosos, pois aceitavam tudo o que lhes acontecia, coisas boas ou más. Já os outros bichinhos, das outras terras, pensavam ao contrário.

- Mãe, quando é que podemos ir visitar as outras terras? Principalmente a Terra da Imaginação, onde inventam tudo e mais alguma coisa… Deve ser…
- Ai, Verdina! Acorda filha, não podes sonhar tanto. Os bichinhos das outras terras não nos aceitam.

Na Terra dos Sonhos havia um grande problema: sonhavam demasiado. Então as coisas não corriam bem.
Estava uma bela noite e Verdina decidiu viajar até à Terra da Imaginação, já que a mãe não queria (o fruto proibido é o mais apetecido…).

­- Bem, que maravilha! – exclamou a Verdina.
- Mas o que é isto?! Que horror! Vá-se já embora! – disse alguém.
- Espere, eu só quero ver e perceber que tipo de terra é esta! – disse a Verdina entusiasmada. – Tem assim tanta imaginação esta terra?
- Mas que duenda mais engraçada. Já que insistes…- respondeu a Dona Amélia. – Chama-se Terra da Imaginação, pois nós aqui inventamos tudo, tal com uma máquina chamada computador, os carros, o avião… nós aqui temos tudo.
- Que lindo! Apesar de não saber o que significa esses nomes todos… - respondeu confusa Verdina. – Pois nós temos coisas diferentes, temos tempo para sonhar e divertirmo-nos com coisas simples como a dança da fogueira, as escondidas e o salto da árvore.

Verdina abriu, de repente, os olhos e percebeu que o seu mundo era mais divertido. TER TEMPO era fundamental! E na Terra da Imaginação, todos tinham pressa de imaginar e não pareciam divertidos.
Adivinharam: sou bisneta da Verdina e gosto de sonhar… e, às vezes, vou à Terra da Imaginação sem darem conta.

Daniela Stahi, 8º B

Maleta Violeta (Várias histórias)


Era uma vez uma maleta violeta que vivia abandonada nas prateleiras de uma loja. Já lá estava há muito tempo e ninguém a comprava. As suas companheiras iam e vinham e ela continuava no mesmo sítio, ano após ano. Ela achava-se feia e sem graça.
Um dia porém, a sorte bateu-lhe à porta, pois pela loja passou uma famosa apresentadora de televisão que gostou muito dela e acabou por comprá-la. A partir desse dia, a vida da maleta violeta levou uma grande reviravolta: passou a frequentar, muitas vezes, o estúdio de televisão e tornou-se famosa por ser diferente das outras maletas. Acabou por ser famosa também, quando um realizador de uma telenovela resolveu dar o seu nome à dita e utilizá-la como adereço. Então apareceu a tiracolo da actriz principal e virou moda. Depois dessa telenovela, não havia quem não quisesse ter uma maleta violeta. A fábrica de malas passou a produzir, dia e noite, maletas violetas.

Pedro Ortet, aluno do actual 8º B ( texto produzido no final do ano lectivo transacto)


Era uma vez uma maleta violeta que estava esquecida no fundo de um velho armário no sótão da casa da minha velha avó de oitenta e cinco anos. Eu vou contar a sua história: num belo dia de Verão, estava eu em casa, sem nada para fazer quando, de repente, o telemóvel tocou e, do outro lado, ouvi a voz da mina avó a convidar-me para ir lá passar o dia. Ao princípio, não achei muito boa ideia, mas depois ela disse que, se eu quisesse, íamos para o seu sótão. Fiquei entusiasmada imediatamente, porque eu adorava aquele sótão, era um sítio cheio de histórias e de tesouros caídos no esquecimento do mundo.
Lá fui, muito contente, para a casa dela. Quando lá cheguei, a minha avó disse-me:
_ Despacha-te, vamos para o sótão.
Fiquei curiosa, a pensar nas coisas espectaculares que íamos descobrir. Talvez uma caixa especial, quem sabe se uma lâmpada mágica. A avó estava mais entusiasmada do que eu, parecia uma criança.
_ Vamos lá ver o que há aqui dentro desta gaveta, eu e o teu avô chamamos-lhe “ a gaveta mágica”, porque tem aqui grande parte da nossa vida, desde álbuns de fotografias, roupas…algumas roupas do nosso casamento.
_ Avó, olha, que maleta violeta é esta? - gritei.
_ É a maleta que usei quando fui de viagem de lua-de-mel com o teu avô António. Tem uma grande história. Quando saímos do avião, fomos de táxi para o hotel e a maleta ficou esquecida no táxi. Quando o teu avô e eu desfizemos as malas, reparámos que faltava a maleta e então como não nos lembrámos onde esta poderia ter ficado, decidimos esquecê-la. Só quando regressámos é que a vimos na secção dos perdidos e achados do aeroporto e fomos lá buscá-la. Rimos tanto desta situação!
_ Avó, tens objectos com tantas histórias no teu sótão. Quero voltar para me contares mais histórias.

Marisa Dias, actual 8º B (texto produzido no final do ano lectivo transacto)