4 de maio de 2009

Inês

Vieste do mundo da escuridão,
Rasgaste as minhas trevas,
Foste a minha luz.
Nasceste de mim como o grito
E és a minha ânsia do amanhã.
Perfeita?
Para mim,
Tu és o Universo.
Para mim,
Tudo em ti é perfeição.
Não sei de que mal padeço
Que te respiro,
Que te absorvo,
Que te tacteio,
Que te amo toda de um só travo.
És a minha paranóia,
A minha loucura,
A minha demência.
Vieste para me aquietar,
Vieste para me perder,
Vieste para me cegar.
Raios de luz,
Neblinas,
Tempestades,
Mil sóis ofuscantes…
Ninharias!

Vieste para ser o tudo,
Vieste para conquistar.
Cravaste em mim um olhar
Que me perdeu para o mundo,
Esse coitado, que te orbita.
Fruto meu,
Filha minha,
Minha alma pequenina,
Minha vida pequenina,
Como tantas vezes te chamo.
És a vida, o pensamento,
Bater de coração…
Tens o meu nas tuas mãos.
Não te explico,
Não te traduzo,
Não te comparo.
Não há palavras, não chegam…
Não há espaços, são pequenos…
Nada alcança este amor,
Nada mede o meu sentir,
Não há gramática para nós…
A tua mão pode o meu mundo,
O teu sorriso são os meus olhos,
Tu és o Sol e a Vida,
A Água , a Terra, o Mar,
Fogo e Calor… o TUDO.
.
Isabel Pereira, mãe da Inês de Matos

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