26 de dezembro de 2008

A ovelha cativada

O Principezinho tinha finalmente chegado ao seu planeta. Trazia consigo uma velha caixa; nela transportava uma ovelha, mas o seu coração batia forte, sofrendo devido à saudade que sentia da sua amiga flor. Sim, agora já sabia, a flor era muito importante para si, ele sentia a sua falta, afinal sentia uma grande amizade por ela.
Correu até à sua flor e com jeito e carinho deu-lhe um grande beijo. Ambos ficaram corados, seria vergonha ou felicidade?
Durante horas, o principezinho contou-lhe as suas aventuras, principalmente o seu encontro com a raposa, o significado de cativar e o momento em que percebeu o quanto ela era importante para si.
Mostrou-lhe com alegria a ovelha que trazia na caixa, dizendo-lhe que ela iria ser muito útil, pois iria comer os rebentos dos embondeiros para que o planeta ficasse limpo e eles pudessem passar mais tempo juntos.
Transportava consigo também um açaimo para que não existisse perigo da ovelha a comer, enquanto ele dormia. Tudo parecia maravilhoso, mas a sua alegria desapareceu, o açaimo não tinha correia e a sua amiga flor estava em perigo…
A partir desse dia a ovelha passava o tempo dentro da velha caixa, só saindo sob o olhar atento do principezinho, para comer os malditos rebentos dos embondeiros. Esta situação não agradava a ninguém. Assim, o principezinho e a flor resolveram começar a cativar a ovelha. Transportaram-na na caixa, até ao outro lado do planeta, ficando assim sozinha, o que a entristecia imenso. Contudo, todos os dias, pelas cinco horas da tarde o principezinho ia buscá-la e em conjunto com a flor, falavam com ela. Dois meses depois, a ovelha estava totalmente cativada. Os três eram agora um só, não podiam viver um sem os outros.


Carlos Manuel dos Santos Pereira, nº.4 9ºB

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