7 de agosto de 2008

Francisco de Campos


No dia seis de Janeiro de 1560, Francisco foi caçar com os amigos, nos bosques de Alcochete.
Ao cair da noite, voltaram do bosque com um veado e algumas aves. Durante a tão esperada ceia, todos se juntaram e se banquetearam com o que caçaram, enquanto ouviram algumas cantigas de amor, cantadas por um trovador.
No dia seguinte, Francisco acordou cedo, ao nascer do sol, e foi ao centro da vila acabar a obra, encomendada pelos irmãos da Misericórdia, obra esta que tinha iniciado no seu atelier de Lisboa. Preparou os materiais e começou a pintar, pois tinha que estar muito concentrado, agora que ultimava os pormenores. Tinha pouco tempo para acabar o quadro e ainda teve que decidir a técnica de pintura, a técnica dos modelados foi uma das escolhidas, pois gostava do efeito que provocava. Já cansado, foi dar um passeio pela vila e encontrou um fidalgo que conhecia há algum tempo q que tinha um solar na vila.
- Então, dizei, como vão as coisas? - perguntou Francisco.
- Vai tudo bem, graças a Deus. – respondeu o fidalgo – O que fazeis aqui?
- Estou a acabar a parte de trás da bandeira que tem a Nossa Senhora da Piedade e só tenho até para a semana, data marcada para a sua entrega aos irmãos da Misericórdia. – disse Francisco.
- Então, vós não tendes muito tempo, meu amigo! - retorquiu o fidalgo.
No dia seguinte, de manhãzinha, foi acabar o quadro, mas faltava-lhe cores para os pormenores. Precisava de ir a um conhecido boticário a Lisboa, para comprar pigmentos para a elaboração das tintas. E assim fez, apanhando o barco para Lisboa, na Aldeia Galega.
Quatro dias depois, já recomeçara a pintar, tinha feito os contornos e agora preparava outras cores, com o óleo de linhaça, o ovo e as terebentinas. O mais difícil era aquele azul do manto e os pormenores a ouro, assim como as sombras nos tecidos. Mas quando deu por acabado a sua obra-prima, suspirou:
_ Finalmente, vou poder ir a Évora ver a família. E até tenho outras encomendas para Évora que iniciarei depois de descansar.
Saiu para a rua e dirigiu-se à Igreja da Misericórdia para agradecer a Deus, por todas as encomendas e pela sua saúde, que lhe permitia cumprir os seus compromissos. Deu ainda graças pela sua família.



André Quadrado, 7º B

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