Um dom unido com outro
Era uma vez, por volta dos anos de 1993 e 1994, uma rapariga
de 13 anos. Vivia em Lisboa com seus pais. Ela era muito especial, pois
conseguia pressentir quando alguém estava mal. Era um dom mesmo muito especial
e bondoso. Mas havia um problema, ela não conseguia pressentir o local onde
essa pessoa se encontrava e mesmo que conseguisse nunca conseguiria ajuda-la
sozinha. Então, decidiu que nunca iria usar o seu dom, apesar de lhe custar
muito. Continuou, então, com a sua vida, normalmente, sem nunca usar o seu dom.
Cinco anos passaram e a rapariga completou 18 anos e tomou
uma grande decisão: sair de casa dos pais e ir viver para o estrangeiro e
procurar emprego. Teresa foi para França, e lá conheceu um rapaz. Também era
português e tinham mais ou menos a mesma idade. Mas este rapaz tinha um grande
segredo…
Um dia, quando a rapariga estava a trabalhar, alguém lhe
ligou com uma notícia… a sua mãe tinha se sentido mal e estava no hospital.
Logo que recebeu esta notícia, foi direta para Portugal, para ver como a mãe
estava. À entrada do hospital, ligou a seu pai e ele disse-lhe onde estava. Foi
ter com ele e os dois ficaram à espera de notícias da mãe.
Mais tarde, o médico chegou para falar com eles e disse que
a mãe tinha tido um ataque cardíaco e que estava em estado grave. Ainda não se
sabia se iria sobreviver ou não. A rapariga
passou ainda uns dias em casa dos pais, para acompanhar o processo da
mãe. Esta acabou por morrer pois teve outro ataque cardíaco e não resistiu. Ela
e seu pai ficaram devastados.
Ao fim de alguns meses, a rapariga voltou para França pois,
apesar de tudo, tinha de continuar com a sua vida.
Quando chegou, o seu amigo esperava-a no aeroporto, de
braços abertos para um abraço, que ela bem precisava. Ela desabafou com ele
dizendo-lhe que, se calhar, usando o seu dom, conseguiria ter feito mais alguma
coisa por sua mãe. O rapaz ficou boquiaberto por saber que não era o único a
ter um dom especial. Então, contou-lhe, também, a sua particularidade:
conseguir detetar o lugar onde alguém estava a sentir-se mal. Também tinha
decidido nunca mais usa-lo, pois sozinho não conseguia fazer nada.
Então, a rapariga teve a ideia de juntar os seus ‘poderes’
com os dele e, assim, podiam ajudar as pessoas que precisassem. E assim foi… ao
fim de alguns meses, acabaram por se apaixonar.
Provérbio -> ‘A união faz a força’
Maria B. Mendes nº17 7º G
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