29 de dezembro de 2010

O Pai Natal e as suas renas



O Pai Natal tinha uma boa vida. Tinha seis renas, uma esposa, dois duendes, uma filha e um filho.
Era época de Natal, estava a cidade tão branquinha e coberta de neve, parecia um autêntico sonho. O Pai Natal e os seus duendes Pinipom e Pompini, estavam muito ocupados a consultar as listas dos meninos bem e mal comportados e de todas as pessoas do mundo que mereciam prendas. Inventavam prendas e embrulhavam.
Numa manhã de nevoeiro, o Pai Natal carregado com dois sacos de comida, dirigiu-se ao estábulo onde estavam as suas grandes e elegantes renas. Juntos tinham grandes caminhos para andar e por isso era necessário estarem bem gordinhas para aguentar a grande jornada. Abriu a porta, olhou para um lado e para o outro e chamou:
Chamou, chamou e voltou a chamar. As renas, não davam sinal e nem parecia estarem por perto. Preocupado com o que teria sucedido, percorreu todo o estábulo e para seu grande espanto, não havia nenhuma rena. Convocou os duendes e comunicou-lhes que Nike, Osíris e os seus filhos, tinham desaparecido. Pinipom, um dos duendes, levantou o braço e pediu a palavra.
O Pai Natal, intrigado com o que iria sair dali, deu-lhe ordem para falar. Pinipom, afirmou que tinha visto marcadas na neve, pegadas em direcção ao poço, onde os bebes renas gostavam de brincar. O Pai Natal, ouvindo isso, quis logo ver as pistas deixadas, e correu até ao poço, mas não viu, nem ouviu nada. Irritado, pegou no seu skate e foi até ao parque onde encontrou uma linda rapariga, sentada num banco, a cantar. Perguntou-lhe se viu por ali passar umas renas. Ela negou, abanando a cabeça e contou que apenas tinha visto sete anões a passar à sua porta. O Pai Natal, quis saber o nome dela e também o nome dos sete anões. A rapariga, disse que se chamava Ana Maria, mas como era tão branca, lhe chamavam Branca de Neve, e que os anões não se apresentaram. O Pai Natal desconfiou, que tivesse sido obra da D. Cornélia, a velha malvada, pois ela tinha poderes para transformar as renas em sabe-se lá o quê... atrapalhando dessa maneira a distribuição dos presentes de Natal.
O Pai Natal pediu à Branca de Neve, para o acompanhar na sua grande viagem em busca das renas, o que ela aceitou, pois não queria que esse Natal fosse de grande sofrimento para todos os que esperam ansiosamente pela prenda no sapatinho.
Preocupado com a sua família, o Pai Natal telefonou para a sua filha, Mariana, e explicou-lhe o que tinha acontecido, pediu-lhe para avisar a mãe e que iria partir durante uns tempos, até encontrar as renas. Mariana, disse-lhe que informava a mãe, os duendes e o irmão e que todos iam sentir a sua falta.
Depois de longas horas de viagem, encontraram a D. Cornélia, e perguntaram-lhe se tinha visto as renas. Ela, como é óbvio, mentiu e disse que nem sabia que o Pai Natal existia e muito menos que usava renas para distribuir prendas, mas D. Cornélia, sabendo que estava metida no meio da mentira e de uma grande confusão, fugiu. Com a pressa, enganando-se no caminho, chocou de frente com a Alice do País das Maravilhas. D. Cornélia escapou-se a correr e Alice ficou a pensar na má educação e mau feitio que a velha senhora tinha.
De seguida, apareceram o Pai Natal e a Branca de Neve que lhe explicaram o que estava a acontecer. Alice, disse que conhecia a D. Cornélia e que ela teve uma infância muito triste, os seus pais morreram quando ela era criança, e viveu com a sua avó, a falecida D. Geralda, que nunca lhe pôde dar um Natal, nunca recebeu prendas, e não compreende o espírito do Natal e por isso mesmo, tudo faz para arruinar o Natal.
Seguiram viagem todos juntos, e como o Pai Natal tinha saudades da família pediu para passarem nos correios e enviou a seguinte carta:

“ Olá Bela, os meninos estão bem?! Comigo está tudo bem, não sei se a Mariana te informou que estava em viagem com a Branca de neve, em busca das sete renas. Pelo caminho encontramos a Alice do País das Maravilhas, também nos está a ajudar, pensamos que a D. Cornélia está envolvida no desaparecimento das renas. Estamos a fazer um grande esforço para termos tudo pronto no Natal. Quando encontrar as nossas renas, regressarei a casa. As saudades já apertam. Beijos, do Pai Natal. “

A meio do caminho, Branca de neve, lembrou-se que os sete anões, poderiam estar em casa, ou pelos arredores e lá foram, na esperança de conseguirem mais ajuda. A D. Cornélia nem vê-la, não apareceu mais!
Chegaram, entraram, olharam para todo o lado, e todos os pormenores e foi quando Branca de Neve viu sete pequenas criaturas a espreitar a casa, através de uns binóculos. Eram o Feliz, o Atchim, o Mestre, o Zangado, o Soneca, o Dengoso e o Dunga. Feitas as apresentações, todos concordaram em continuar a procurar as renas e foi quando o Dunga, se lembrou de ter visto um grande monte de cogumelos muito estranhos, pois cada um deles tinha um par de orelhas e um nariz, encarnado. Todos correram muito apressados atrás de Dunga.
O Pai Natal não teve dúvidas, aqueles narizes encarnados eram das suas renas, e agora, o que fazer?
Alice tirou do bolso um frasco de cor baça com um aspecto muito antigo que continha um líquido roxo. Branca de neve, vendo aquele estranho frasco, perguntou o que era, o que continha e para que servia. Alice explicou, que era um líquido mágico, que tinha esta cor, devido aos corantes que continha e a um gás picante e servia apenas para fazer com que as coisas voltassem a ser como antes.
Todos deram as mãos, contaram até três e Alice derramou o líquido em cima dos cogumelos. Estavam em “suspense”, e de repente, os cogumelos um a um transformaram-se nas renas do Pai Natal.
As renas mais velhas disseram, que se chamavam Nike e Osíris, e de seguida apresentaram os seus filhos: a Tinky-whinky, que tinha sete anos, a Dipsy, irmã gémea de Lala, a Lala, irmã gémea de Dipsy que tinham nove anos, o Poow, o mais novo de todos, que tinha apenas um ano, Jerry, o mais velho que já tinha dez anos e o Garfield.
O Pai Natal perguntou-lhes quem as tinha transformado em cogumelos e claro, foi a D. Cornélia!!! O Pai Natal ficou sem palavras e sorriu. Branca de neve deixou cair uma lágrima, Alice suspirou, os sete anões batiam palmas e as renas agradeciam a todos pela oportunidade de voltarem a correr o mundo inteiro para levar os presentes e o espírito de Natal a todos. A algazarra era tanta que a D. Cornélia ouvia na sua casa onde agora se encontrava sozinha, com um grande peso de consciência. Nessa mesma noite recordou todas as maldades que tinha feito e todos os Natais que passou sozinha, sem prendas, sem amor, sem carinho e sem nada, mas aprendeu uma grande lição e escreveu uma carta ao Pai Natal, pedindo perdão e que a partir daquele momento jamais seria má e que queria ter um Natal igual aos demais.
Em casa do Pai Natal estavam a Bela, os seus filhos, a Alice, a Branca de Neve, os sete anões e tudo estava preparado para a noite de Natal, no entanto aguardavam a chegada do Pai Natal que regressava com as suas renas. Desta vez, estava mais demorado, pois tinha recebido uma carta em correio azul e que é claro ele não podia deixar de atender uma carta tão especial.
Quando o Pai Natal chegou, saiu do seu trenó a D. Cornélia que entrou de mão dada com ele para grande surpresa de todos. Havia uma enorme mesa
com tudo o que era tradição e foi assim que todos juntos passaram o Natal desta vez diferente porque o espírito de Natal tinha chegado ao coração da D. Cornélia.


Ana Catarina Mateus Gomes; número 4 7ºE
Maria Basílio Espírito Santo; número: 19 7ºE

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