5 de junho de 2012

Mistérios da Escrita


O “mistério da escrita” consiste em acreditar que se pode desenvolver um tema a partir da escolha de um nome e aplicando uma estrutura idêntica à do poema de Álvaro Magalhães.
 Esta técnica baseia-se também na nossa capacidade em formar campos lexicais.

Mistérios da escrita

Escrevi a palavra flor.
Um girassol nasceu
No deserto de papel.
Era um girassol
Como é um girassol.
Endireitou o caule,
Sacudiu as pétalas
E perfumou o ar.
Voltou a cabeça
À procura do sol
E deixou cair dos grãos de pólen
Sobre a mesa.
Depois cresceu até ficar
Com a ponta de uma pétala
Fora da Natureza.

 Álvaro Magalhães

Eis alguns exemplos produzidos por alguns alunos:



Mistérios da escrita

Escrevi a palavra chave
E o mistério começou…
Era uma chave velha e enferrujada
Como a chave de uma porta de papel.
Entrou em segredo na fechadura
E abriu a porta da fantasia
Que espalhou magia pelo ar.
Depois na folha de papel,
A chave sorriu e espreitou
O que o lápis da imaginação
estava a escrever…


Catarina Edwards, 8ºE




O Mistério da Escrita

Escrevi a palavra castelo
E um reino de fadas se ergueu,
Com princesas, príncipes,
E muitos plebeus.

Não haveria reino,
Sem bruxas ou fadas,
São elas que tornam
As nossas histórias encantadas.

Por vezes a aflição,
Vem branca como a lua
E apaga a nação.
Mas vem um rasto de luz,
Que ao passar sorria,
Salvando assim o reino.

Era a inspiração que
Passara agora,
Aproveitando a corrente
Da majestosa ria
Que é a nossa mente.

Joana Tátá, 8ºE



O Amor Voou…

Uma porta abriu-se
E dela saiu algo vibrante
Esse algo era o meu amor por ti
O meu amor por ti voou
Voou e não voltou
Em mim ficou a solidão
E a solidão é algo estranho
Mas umas  mãos suaves
Trouxeram-me  outro sentimento
O sentimento da amizade
Que me preencheu a alma
E fez sorrir o meu coração.


Débora Santiago, 8ºE






Lágrimas Esquecidas

Deixei cair uma lágrima no papel,
e esta tornou-se num rio.
A minha tristeza transformou-se,
num sitio onde a água era azul turquesa.
Onde a vida não era vida,
mas onde lá os sonhos viviam.
Um dia deixei cair uma lágrima no papel,
e depois criei a felicidade.

Ana Pedreira, 8E





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