7 de fevereiro de 2012

O Diário do Comissário Nunes


Perante a situação tão inaudita que aconteceu naquela manhã, o Comissário Nunes, chegado a casa, escreve no seu diário... Aqui ficam algumas versões:



Querido diário,

Mais uma vez escrevo para ti... Nem imaginas, hoje tive um dia bastante estranho, precisas de saber a história toda.
Hoje, como sempre, estava sentado no carro da polícia, perto da Alameda D.Afonso Henriques, a comer os meus belíssimos donut's de chocolate. Quando dei por mim, eu, um homem cheio de classe, atrás do balcão de cervejaria Munique. Mas o pior foi explicar em processo marcial o que se estava a fazer naquelas zonas à frente de destacamentos armados.
Bem, eu acho que me escondi lá só por uma razão, beber cervejas grátis, não vejo outra explicação ou se adormeci no carro, e como sou sonâmbulo fui lá parar, ou talvez os donut's de chocolate estivessem estragados e eu quisesse mesmo ir à casa de banho, e como a vontade seria tanta, que não chegasse à casa de banho e tivesse mesmo que ir atrás do balcão... enfim, só me acontecem coisas destas, pode ser que amanhã o dia me corra melhor.
Bem, vou dormir, pode ser que quando adormeça me lembre de tudo que o aconteceu, e só vou parar de escrever porque a minha mãe está aos gritos comigo a dizer que é por isso que eu não tenho namorada, e que estas coisas dos diários são para meninas, mas pronto, ela já está velha.

Boa Noite

Horálio Migueles Nunes

Ana Gomes, 8ºE



29 de Setembro de 1984

Hoje aconteceu-me uma coisa estranhíssima!
Eu estava no meio da avenida Gago Coutinho e estava escondido atrás da cervejaria Munique! Eu não faço ideia do que estava lá a fazer!
As pessoas que me viram devem ter pensado que eu era maluco. Até agora ainda não encontrei uma explicação para o que estava a fazer muito escondido, naquele dia, àquela hora e naquele local. É que isto é mesmo muito estranho!
Isto só me acontece a mim!
O pior de tudo é que agora vou ter de contar em processo marcial o que estava ali a fazer ou então para pôr a minha imaginação a funcionar, para ter que inventar.
Bom… já que não me lembrei até agora talvez diga que estava ali com uma dor de barriga, que já não aguentava e tive que me desenrascar…

Raquel Catalão, 8ºB


Dia: 29 de setembro de 1984

Hoje aconteceu uma coisa inesplicavel. De repente olhei para o lado e vejo os meus homens todos encolhidos no chão, num estado de dormência  estranho, naquele local desconhecido. Levantei-me do chão e uma dor de cabeça assombrou-me o resto da manhã, mas continuei a dar uns passos no local de lazer e via  todos os homens que estavam lá presentes parados, alguns que levantavam as suas canecas de cerveja, já a meio, outros que ficavam sustentados pelo ar quase a cair das suas cadeiras. Voltei para trás do balcão e tentei acordar o Chefe Paulo Simões, que se encontrava anteriormente ao meu lado mas este teimava em contrariar-me . Fechei os olhos num movimento de reflexão e, como se nada passasse de um sonho todos acordaram, mas não era possivel porque se fosse um sonho não deveria estar ali.Os meus homens ficaram tão confusos quanto eu, já o mesmo não se pode dizer dos bêbados que bebiam a sua cerveja descontraidamente na cervejaria que depois reconheci como a Munique.
Agora sentado na minha secretária penso no que poderá ter acontecido para todos nós termos ido para á Munique. Admito que tinha ido lá na noite anterior, mas admito tmabém  que nunca me atreveria a beber durante horas de trabalho. E agora interrogo-me se perdi as minha convicções e fiz tudo aquilo que não haveria…

Ana Pedreira, Nº1,8ºE


 Diário, não sei o que se passa comigo… Hoje á tarde presenciei um estranho espetáculo. A polícia de intervenção, a qual chefio, juntamente com as tropas do Ralis e a companhia dos intendentes, tudo na Avenida Gago Coutinho a apontar as armas não sei para onde! Não sei o que me aconteceu, só sei que dum momento para o outro encontrei-me atrás do balcão de uma cervejaria qualquer. Este facto levou-me a pensar. O que raio estava eu a fazer ali? Imagino, com muito medo meu, que isto foi tudo uma partida. Se calhar os meus superiores tentaram ver se eu em pleno serviço começava a beber! Ai! Como pude ser tão tonto? Aposto que foi por isso que o Aurélio e o Rolão estavam lá. E o Aurélio queria tanto ver, que abandonou o carro e foi a correr para a minha desgraça. Bem, o telefone toca…
Eram o Rolão e o Aurélio. Também não sabiam de nada o que me deixou muito mais tranquilo. Acho que nós três fomos vítimas de alguma coisa, mas não sei, estou muito cansado para pensar. Vou fazer os testes de álcool para ver se bebi e depois mando-os para o processo marcial. Eles vão mudar a minha vida. Se der negativo vou fazer de tudo para sair livre do processo, se não, saio da polícia. Tenho medo, mas confio em mim e sei que nunca infringiria uma lei.

Joana Tátá, 8ºE

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