5 de julho de 2009

Viagem ao Rossio do século XII


Num certo dia de Março de 2000, seguia um grupo de automobilistas pelo Rossio quando, de repente, aconteceu algo insperado. De repente, surgiu um clarão e uma fumarada e, quando esta desapareceu, perceberam que estavam num sítio que não tinha mesmo nada a ver com o Rossio que conheciam.
Sentiam-se atordoados, por isso pensaram que era um sonho, mas ao fim de um bocado perceberam que muitas pessoas olhavam, de forma assustada, para eles e para os seus automóveis, começando a gritar e a fugir deles. Metiam-se em casa (se se pode chamar àquilo uma casa).
_ Socorro, socorro! Que Deus nos ajude! _ diziam os habitantes do século XII.
Os automobilistas também começaram por perceber que algo de errado se estava a passar, pois as pessoas vestiam-se de tecidos escuros, quase todos da mesma cor, tinham um ar sujo e assustado. Também as estradas tinham desaparecido.
Foi então que um automobilista decidiu meter conversa com um senhor que cruzava a rua apressadamente, com medo deles:
_ Senhor, podia-me dizer em que ano estamos?
_ Estamos no ano de 1199, da graça de Deus. _ respondeu o homem, num português estranho.
_ Como é que eu e aquele grupo viemos aqui parar?
_ Isso não sei, mas o meu povo pensa que vocês são almas do outro mundo. _ respondeu o senhor, já mais confiante.
_ Que terra é esta?
_ É Lixbuna. - respondeu o homem.
De repente, passou um cavaleiro pelo caminho onde eles estava a conversar e resolveu perguntar o que estava a acontecer. O automobilista explicou que ia a caminho do emprego quando, subitamente, se deparou com aquela confusão. Disse que tinha sido " transportado", mas o cavaleiro não parecia acreditar, dizendo que tinham de lutar. Um dos amigos do condutor ofereceu-se para lutar com o cavaleiro.

_ Muita coragem tem ele. _ diziam uns.

_ Pobre coitado. _ diziam outros.

Só se sabe ao certo que ele tinha decidido lutar com o cavaleiro. Começou a luta, tinham os dois espada, mas o cavaleiro tinha muito mais experiência. No preciso momento em que o combate parecia tão desigual e difícil para o amigo do condutor, viram o clarão e a fumaça. Perceberam, então, que estavam de volta ao ano 2000 e sentiram um grande alívio. Foi bom sentir as buzinas de Lisboa e o seu movimento.
( Marina Ramos, 8º B)

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