14 de junho de 2012

A POESIA DA NATUREZA

LIÇÃO
(Miguel Torga)

Oiço todos os dias,
De manhãzinha,
Um bonito poema
Cantado por um melro
Madrugador.
Um poema de amor
Singelo e desprendido,
Que me deixa no ouvido
Envergonhado
A lição virginal
Do natural,
Que é sempre o mesmo, 
e sempre variado.

A partir do poema "Lição" de Miguel Torga, a magia acontece!



Oiço todos os dias,
De manhãzinha,
O chilrear de um pássaro
Que me faz despertar
Do meu mundo adormecido.
O chilrear de um pássaro,
É breve e suave,
Que me deixa no ouvido
Uma melodia colorida.

Catarina Lopes, 8ºE



Natureza

Observar atentamente os campos,
Apreciar a imensidão das cores…
Refletem luz, há pureza, encantos
Nas mais bonitas e bravias flores.
Acolá malmequeres, todos brancos,
Mas mais além estão amarelos,
Com traçados artísticos, singelos.
Essência de perfume das mimosas,
O aroma da alfazema e do alecrim
Compõem épocas mais harmoniosas.
Inebriante o que as flores fazem de mim!
Contemplo com paixão, são belas, porém
Não quero nem posso esquecer o jasmim.

Carolina Seixal, 8ºB






Vejo todas as manhãs
nos caminhos cintilantes
com destino à escola,
um passarinho que encanta
e espalha o amor
com um canto leve.
Ensina a Natureza
com toda a sua beleza!

Nuno Teixeira, 8ºF


12 de junho de 2012

SER POETA




Imagem de V. Kush

Ser poeta
Ser poeta é escrever poesia,
É olhar para o mundo de outra maneira,
É namorar com as palavras e dar lhes sentimentos,
É sonhar,
É um livro por abrir,
É ver o mundo com os olhos de uma criança,
Ser poeta é viver.
A poesia é a música colorida que vem do coração do poeta,
É um sorriso leve das palavras e sentimentos,
É um mar de palavras cintilantes,
É o segredo de amar,
A poesia é sentir a vida.

Catarina Edwards, 8ºE

5 de junho de 2012

Mistérios da Escrita


O “mistério da escrita” consiste em acreditar que se pode desenvolver um tema a partir da escolha de um nome e aplicando uma estrutura idêntica à do poema de Álvaro Magalhães.
 Esta técnica baseia-se também na nossa capacidade em formar campos lexicais.

Mistérios da escrita

Escrevi a palavra flor.
Um girassol nasceu
No deserto de papel.
Era um girassol
Como é um girassol.
Endireitou o caule,
Sacudiu as pétalas
E perfumou o ar.
Voltou a cabeça
À procura do sol
E deixou cair dos grãos de pólen
Sobre a mesa.
Depois cresceu até ficar
Com a ponta de uma pétala
Fora da Natureza.

 Álvaro Magalhães

Eis alguns exemplos produzidos por alguns alunos:



Mistérios da escrita

Escrevi a palavra chave
E o mistério começou…
Era uma chave velha e enferrujada
Como a chave de uma porta de papel.
Entrou em segredo na fechadura
E abriu a porta da fantasia
Que espalhou magia pelo ar.
Depois na folha de papel,
A chave sorriu e espreitou
O que o lápis da imaginação
estava a escrever…


Catarina Edwards, 8ºE




O Mistério da Escrita

Escrevi a palavra castelo
E um reino de fadas se ergueu,
Com princesas, príncipes,
E muitos plebeus.

Não haveria reino,
Sem bruxas ou fadas,
São elas que tornam
As nossas histórias encantadas.

Por vezes a aflição,
Vem branca como a lua
E apaga a nação.
Mas vem um rasto de luz,
Que ao passar sorria,
Salvando assim o reino.

Era a inspiração que
Passara agora,
Aproveitando a corrente
Da majestosa ria
Que é a nossa mente.

Joana Tátá, 8ºE



O Amor Voou…

Uma porta abriu-se
E dela saiu algo vibrante
Esse algo era o meu amor por ti
O meu amor por ti voou
Voou e não voltou
Em mim ficou a solidão
E a solidão é algo estranho
Mas umas  mãos suaves
Trouxeram-me  outro sentimento
O sentimento da amizade
Que me preencheu a alma
E fez sorrir o meu coração.


Débora Santiago, 8ºE






Lágrimas Esquecidas

Deixei cair uma lágrima no papel,
e esta tornou-se num rio.
A minha tristeza transformou-se,
num sitio onde a água era azul turquesa.
Onde a vida não era vida,
mas onde lá os sonhos viviam.
Um dia deixei cair uma lágrima no papel,
e depois criei a felicidade.

Ana Pedreira, 8E